Londres, 4 ago (EFE).- Finalistas do torneio de tênis de Wimbledon há menos de um mês, o suíço Roger Federer e o britânico Andy Murray voltarão à quadra central do All England Club neste domingo para brigarem pela medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Londres. O título olímpico seria inédito para os dois tenistas. […]
Londres, 4 ago (EFE).- Finalistas do torneio de tênis de Wimbledon há menos de um mês, o suíço Roger Federer e o britânico Andy Murray voltarão à quadra central do All England Club neste domingo para brigarem pela medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Londres.
O título olímpico seria inédito para os dois tenistas. Para Federer, seria a oportunidade de se tornar o terceiro tenista da história a conquistar o Career Golden Slam (os quatro Grand Slams do circuito profissional e o ouro nos Jogos). Apenas o americano Andre Agassi e o espanhol Rafael Nadal alcançaram o feito.
Murray, por sua vez, tenta ser o primeiro atleta da Grã-Bretanha a ser campeão no All England desde 1936, quando Fred Perry venceu Wimbledon.
No dia 8 de julho, o tenista escocês quebrou um jejum de 74 pontos sem tenistas da casa na decisão do terceiro Grand Slam da temporada. A torcida se encheu de esperança depois que ele levou a melhor no primeiro set, fazendo 6-4, mas Federer frustrou os britânicos ao virar o jogo e vencer por 3 sets a 1.
‘Após perder a final de Wimbledon, precisava de algo como isso. Todas as vezes que perdi em uma final de Grand Slam, tive um momento difícil e demorei alguns meses para me recuperar. Mas vir aqui outra vez com a motivação de disputar os Jogos Olímpicos e com o apoio que tive foi toda a motivação de que precisava’, comentou Murray, fortalecido após eliminar o sérvio Novak Djokovic nas semifinais.
Para Federer, o desafio não é dos menores. Junto à Copa Davis, o título olímpico é uma das únicas conquistas que o tenista que mais tempo passou no topo do ranking da ATP ainda não tem. Campeão nos Jogos de Pequim 2008 junto a Stanislas Wawrinka nas duplas, ele pretende agora ficar com o ouro sozinho.
Com 30 anos, o suíço disputa os Jogos pela quarta vez. Perdeu a disputa pelo bronze em 2000, não passou da segunda rodada em 2004 e caiu nas quartas de final em 2008.
No entanto, o número 1 do mundo recuperou o melhor nível quando alguns já pensavam que suas glórias faziam parte apenas do passado. Contra o argentino Juan Martín del Potro, em uma semifinal memorável, demonstrou que é preciso algo mais que jogar bem para superá-lo. Perdeu o primeiro set, igualou o jogo no segundo e venceu o terceiro por 19 a 17.
‘Já é um grande momento em minha vida e um grande momento para a Suíça, que ainda não ganhou uma medalha. Aqui já temos uma garantida. Espero que inspire outros atletas suíços para os Jogos Olímpicos’, disse Federer, que sabe que terá torcida contra na final contra Murray.
‘Ele teve um apoio incrível das pessoas na final de Wimbledon. Eu soube lidar com essa situação, mas nunca há uma garantia. Não sei até que ponto as pessoas influenciam no resultado de uma partida. Em todo caso, ele é um grande jogador’, acrescentou.
Federer e Murray se enfrentaram 16 vezes. O balanço está equilibrado, com oito vitórias para cada um. No entanto, o suíço ganhou os três últimos duelos, incluindo o único sobre grama, na decisão de Wimbledon de quatro semanas atrás. EFE