Corinthians encurta festa, mas empolga torcida em desfile
Com jogadores cansados pela viagem, roteiro da delegação por SP foi menor










“No avião tínhamos comentado que queríamos ir logo para casa, mas seria injusto porque a galera toda veio nos ver”, disse Sheik
A redução no trajeto da carreata do Corinthians em carro aberto para celebrar a conquista do título do Mundial de Clubes não diminuiu a empolgação dos torcedores. Por isso, os jogadores fizeram questão de manifestar sua gratidão pelo carinho recebido nesta terça-feira nas ruas de São Paulo. “Só quero agradecer. O amor do torcedor ao Corinthians é infinito, incrível. Estou muito feliz, nenhum jogador vai passar por isso que estamos passando hoje. É muita alegria”, afirmou o zagueiro Chicão. “Só agora caiu a ficha. Muita gente não veio para o clube por causa do rebaixamento para a Série B, em 2008. Eu vim e agora estou sendo recompensado”, completou. A festa da conquista do título do Mundial foi menor do que previa a programação original. O clube decidiu não ir até a Prefeitura de São Paulo, onde a delegação seria recebida pelo mandatário Gilberto Kassab, e também cancelou a comemoração no CT do clube, além de ter reduzido o trajeto pelas ruas de São Paulo.
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Assim, a comemoração, que contou com a presença do cantor Thiaguinho no trio elétrico, foi iniciada na Avenida Tiradentes, seguiu pela Avenida Santos Dumont e teve como ponto final a praça Campo de Bagatelle. Durante todo o trajeto, os jogadores foram aplaudidos pelo torcedor corintiano, que tomou conta das ruas. “Eu sabia antes do Mundial que eu tinha que dar a minha vida no Japão, porque era tanto corintiano merecendo esse título que não poderia ser diferente. Essa torcida merece”, disse o meia Danilo. O cansaço dos jogadores foi um dos motivos da diminuição do trajeto da comemoração corintiana, como reconheceu o atacante Emerson. “No avião tínhamos comentado que queríamos ir logo para casa, mas seria injusto porque a galera toda veio nos ver. Vamos curtir o momento porque é especial para todos ficar tão perto deles.”
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Emerson garantiu que o esforço feito pelos torcedores para ir ao Japão comoveu os jogadores e serviu como incentivo para a disputa do Mundial. “Antes, havia muitos comentários sobre os torcedores que venderam tudo o que tinham para ir ao Japão. Nós conversamos muito sobre isso. O mínimo que tínhamos que fazer era ter dedicação, afinco e fazer de tudo pelo título. Agora é justo dividir essa alegria com eles”, disse o atacante. O lateral-esquerdo Fábio Santos avaliou que a festa serviu para que os jogadores matassem a saudade do torcedor, mesmo com a “invasão” promovida por eles no Japão. “Estávamos com saudades, apesar de todo o esforço que muitos fizeram para ir até lá”, disse o jogador, que já tinha sido campeão mundial com o São Paulo. “A emoção é demais, fizemos muito sacrifício, mas ver essa recepção não tem preço”, completou.
(Com Estadão Conteúdo)