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Com trios pelos lados, Brasil abre o jogo e vence

O técnico Luiz Felipe Scolari tem trabalhado para evitar que o principal setor de sua equipe, a linha de três armadores formada por Neymar, Oscar e Hulk, tenha um posicionamento previsível demais no gramado. Se todos ficarem fixos em suas faixas preferidas do campo – Neymar pela esquerda, Oscar pelo meio e Hulk pela direita […]

O jogo em números

O técnico Luiz Felipe Scolari tem trabalhado para evitar que o principal setor de sua equipe, a linha de três armadores formada por Neymar, Oscar e Hulk, tenha um posicionamento previsível demais no gramado. Se todos ficarem fixos em suas faixas preferidas do campo – Neymar pela esquerda, Oscar pelo meio e Hulk pela direita -, será muito mais fácil marcar o Brasil, afirma Felipão. No jogo contra o Japão, porém, foi justamente isso que aconteceu. Talvez pelo adversário pouco perigoso, talvez pelo gol ter saído logo no início, o Brasil não precisou de muitas variações para controlar a partida e vencer com grande tranquilidade. As estatísticas da partida dentro do banco de dados da Opta, líder mundial no registro detalhado dos grandes jogos do futebol internacional, mostram que a seleção jogou muito pelos lados do campo, tentando a todo momento abrir a defesa adversária. Os gráficos que ilustram a movimentação dos atletas no gramado permitem notar que o Brasil formou dois triângulos: um deles, pela esquerda, com Neymar recebendo o apoio de Marcelo e Oscar, e outro, pela direita, com Hulk trabalhando ao lado de Daniel Alves e Paulinho. O volante do Corinthians, aliás, jogou praticamente como meia, enquanto o outro jogador da posição, Luiz Gustavo, passou mais tempo no campo defensivo do que no ofensivo, jogando centralizado à frente dos zagueiros, como um legítimo cabeça-de-área. A aproximação entre Hulk, Daniel Alves e Paulinho foi tão frequente que as trocas de passes entre esses jogadores foram as mais numerosas do jogo – Daniel Alves tocou para Hulk 22 vezes, e Hulk acionou Daniel 20 vezes. Graças a esse desenho tático – previsível, talvez, mas inegavelmente eficiente -, o Brasil atingiu logo na estreia algo que o treinador há muito vem buscando: o “equilíbrio tático”, nas palavras do próprio Felipão. De fato, quando se observa a movimentação de toda a equipe brasileira, fica claro que o Brasil se distribuiu bem pelo gramado inteiro, sem priorizar excessivamente um setor específico do campo.

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A movimentação de Daniel Alves, Paulinho e Hulk no gramado
A movimentação de Daniel Alves, Paulinho e Hulk no gramado VEJA
O mapa da movimentação da seleção brasileira na estreia
O mapa da movimentação da seleção brasileira na estreia VEJA

(Giancarlo Lepiani, do Rio de Janeiro)

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