Após dossiê, comitê de ética da Fifa irá discutir o escândalo da ISL
Na tentativa de afastar as denúncias de corrupção da Fifa, o presidente da entidade, Joseph Blatter, anunciou que o comitê de ética irá discutir o caso da ISL. No escândalo, a empresa de marketing esportivo, que faliu em 2001, pagou cerca de R$ 45 milhões em propina para Ricardo Teixeira e João Havelange em troca […]
Na tentativa de afastar as denúncias de corrupção da Fifa, o presidente da entidade, Joseph Blatter, anunciou que o comitê de ética irá discutir o caso da ISL. No escândalo, a empresa de marketing esportivo, que faliu em 2001, pagou cerca de R$ 45 milhões em propina para Ricardo Teixeira e João Havelange em troca de vantagens na disputa pelos direitos de transmissão de Copas do Mundo.
‘Atendendo ao meu pedido, o dossiê da ISL será debatido no novo comitê de ética. O caso foi decidido legalmente, e agora será resolvido também moralmente’, avisou Joseph Blatter, em sua página no ‘Twitter’.
Nesta terça-feira, em meio aos escândalos que envolveram os dirigentes brasileiros, o mandatário anunciou que a Fifa possui um novo código de ética. Entre as principais mudanças está o fato de que não há prazo limite para julgamento de casos envolvendo subornos e corrupção, o que pode complicar a dupla.
Blatter chegou a dizer que irá pedir para o comitê da Fifa tirar João Havelange do cargo de presidente honorário da Fifa. Aos 96 anos, mandatário da entidade entre 1974 e 1998, substituído exatamente pelo suíço, Havelange se envolveu no recebimento da propina com seu ex-genro na década de 90.
Em dezembro de 2011, próximo da divulgação do dossiê, Havelange alegou problemas de saúde para deixar seu cargo no Comitê Olímpico Internacional (COI), onde era o membro mais antigo, com 48 anos de filiação. Ainda que não participe mais da entidade, o COI anunciou que irá também analisar o caso ISL, sem, porém, punir o brasileiro, já que este não está mais sob as leis da organização.
Ricardo Teixeira, por sua vez, prolongou por pouco mais tempo sua presença no cargo da presidência da CBF, onde mandava desde 1989. Em março, a situação se agravou e o dirigente anunciou que precisava cuidar de sua saúde, abdicando de sua posição, assumida por José Maria Marin. Embora viva nos Estados Unidos, Teixeira ainda tem relação com a entidade que comanda o futebol no Brasil.