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Antes da estreia, Felipão pede para ser cobrado e criticado

Técnico também disse que escalação para partida, na quarta, vai surpreender

“Vocês vão se surpreender com alguns nomes na escalação. Alguns que vocês imaginam que vão sair jogando poderão entrar só no decorrer do jogo”

Com a voz rouca por causa do frio em Londres – onde encara uma temperatura média de 5 graus -, o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, deu um recado ao torcedor nesta terça-feira, véspera de sua reestreia no comando da equipe. Em entrevista coletiva de pouco mais de 30 minutos, ele deixou claro que não repetirá o comportamento do antecessor, Mano Menezes, que mostrava incômodo com a pressão que o técnico da seleção costuma sofrer. “Podem me cobrar”, pediu Felipão. “Quero receber críticas. A torcida pode ter alguma paciência comigo na seleção, mas só alguma. Não quero arrumar desculpas porque vou ter apenas um treino para montar a equipe que vai enfrentar a Inglaterra.” A partida acontece às 17h30 (horário de Brasília), no Estádio de Wembley, na capital britânica.

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O treinador adiantou que deve iniciar o amistoso contra os ingleses com um time formado em sua maioria por atletas que estão no futebol europeu. “O time deve ter 70% ou 80% de atletas de clubes daqui. Eles estão em plena forma física. Os outros, que atuam no Brasil, disputaram no máximo três jogos neste ano. E nós vamos enfrentar uma seleção que está em plena atividade”, explicou. Exatamente por causa dessa discrepância na preparação física, Felipão avisou que alguns nomes vistos como possíveis titulares – como Ronaldinho Gaúcho, por exemplo – devem ficar no banco de reservas. O meia-atacante do Atlético-MG jogou apenas uma vez neste início de temporada – contra o Cruzeiro, no clássico que marcou a inauguração do Mineirão, no domingo. “Vocês vão se surpreender com alguns nomes na escalação. Alguns que vocês imaginam que vão sair jogando poderão entrar só no decorrer do jogo.”

Bem-humorado e paciente com a imprensa estrangeira – que o bombardeou com perguntas sobre o Chelsea, clube que ele treinou há alguns anos -, Felipão disse ainda que o Brasil não tem muito tempo para formar o grupo de 2014 e que ficou feliz com o encontro com o novo grupo. “Foi muito bom nosso primeiro contato. Deu para ver como eles estão determinados. É difícil você ver no futebol um grupo unido, que fica 30 minutos depois das refeições conversando, trocando ideias. Isso é uma demonstração de que eles se gostam e querem vencer.” Felipão ressaltou também a importância da palestra do coordenador Carlos Alberto Parreira aos jogadores na reunião que tiveram na noite de segunda, dia do desembarque da delegação em Londres. Parreira, nas palavras de Scolari, mostrou o caminho. “Ele mostrou a importância que cada amistoso vai ter na formação do grupo. Não pode ser um simples amistoso, tem de ser jogo para valer. É isso que todos nós queremos.”

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(Com Estadão Conteúdo)

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