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Tite cita ‘sensação amarga’, mas minimiza pressão por demissão

Treinador afirmou que desfalques, especialmente o de Pedro, pesaram para o Flamengo na eliminação contra o Peñarol

O técnico Tite não escondeu sua frustração após a eliminação do Flamengo para o Peñarol nas quartas de final da Copa Libertadores, na noite desta quinta-feira, 26, em Montevidéu. O treinador citou os diversos desfalques na equipe e disse conviver normalmente com a pressão por sua saída. Derrotado por 1 a 0 no Rio, o time não saiu do 0 a 0 na capital uruguaia.

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O técnico iniciou seu discurso considerando que esta foi a sua primeira frustração no cargo. “Teve momentos. Cheguei para classificar direto na Libertadores e conseguimos. Ser campeão carioca, conseguimos. Perdemos uma série de jogadores para a seleção, estamos no Brasileiro bem. Este é primeiro objetivo não cumprido, o mais importante, concordo”, afirmou.

“Sensação amarga de sair da competição, com desempenho e não com efetividade. A pressão [por sua saída] é da minha atividade profissional desde os 30 anos”, prosseguiu. O treinador gaúcho considerou que a ausência de Pedro, artilheiro do time que lesionou o joelho e só volta em 2025, foi sua maior dificuldade. “Pela característica e moldagem da equipe. Esta estrutura ofensiva se perdeu.”

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O treinador eximiu a diretoria de qualquer responsabilidade. “A direção trouxe tudo que foi possível e que foi prometido. O que aconteceu foram acidentes. Perdemos Pedro, [Everton] Cebolinha, Luís Araújo, os três homens gol. Buscamos o mais rápido possível o Michael. Houve acidentes de percurso, mas não houve tempo de entrosar.”

Tite nega ter prometido gols

Tite chegou a debater com um repórter que lembrou da frase dita pelo técnico após a derrota no jogo de ida por 1 a 0 no Maracanã. “Vai ter gol e podem me cobrar. Vai criar metade do que criou hoje e vai ter gol lá”, disse o técnico na ocasião.

“Eu coloquei prometo que a gente ia fazer gol ou eu projetei? Tem todo o direito de me cobrar, mas eu não prometi, não sou futurista. Era o objetivo de criar e fazer, trouxe responsabilidade, queria que fizesse gol, era para fazer, sim. Mas não fiz promessa”, argumentou.

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O treinador ainda justificou a entrada de um zagueiro no fim da partida ao invés do atacante Carlinhos, que vinha sendo titular após a lesão de Pedro. “O David Luiz tem boa saída de bola e cabeceio, já estava programado que ela entraria em momentos finais, mais um jogador com presença de área. O momento do Carlinhos não é bom.”

Por fim, deixou claro que pretende seguir no cargo e buscar a reação nas outras competições. “Persistência e trabalho, a promessa é de dar o melhor e dignificar o papel de estar técnico do Flamengo. A dignidade do profissional não se mede pelo resultado. Entendo o trabalho de vocês de elogiar ou criticar, mas não vou me furtar da minha condição ética em cima de resultado. O objetivo é traduzir o melhor futebol com objetividade, de forma mais contundente e vertical.”

O Flamengo é o quarto colocado do Brasileirão, com 45 pontos, 11 a menos que o líder Botafogo. Na Copa do Brasil, encara o Corinthians pelas semifinais. O Peñarol, classificado à semifinal da Libertadores pela primeira vez desde 2011, encara o Botafogo.

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