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Embalou? O que mudou no São Paulo com Zubeldía

Treinador tem cinco jogos à frente do Tricolor e tem 100% de aproveitamento em jogos como visitante; veja análise do início de trabalho do argentino

O São Paulo venceu o Cobresal, na última quarta-feira, 8, no Chile, e se classificou com antecedência para as oitavas de final da Libertadores 2024. A vaga consolidou o bom início de trabalho de Luis Zubeldía à frente do Tricolor, respaldado por quatro vitórias (todas fora de casa) e um empate no comando.

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O pontapé do argentino ainda teve 12.404 quilômetros viajados para partidas da Libertadores (em Guayaquil e Calama) e da Copa do Brasil (em Belém). O único duelo disputado no MorumBis foi contra o Palmeiras, em empate sem gols pelo Campeonato Brasileiro.

Mesmo assim, foram 11 gols marcados pelo Tricolor, contra apenas três sofridos. De acordo com números do Sofascore, o time de Zubeldía criou 17 grandes chances e cedeu apenas três, com posse de bola média de 65,6%.

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Os números casam com um estilo de jogo propositivo e intenso, características que não são totalmente compatíveis ao modelo do trabalho de Zubeldía na LDU. Comandando o time equatoriano, o técnico adotou uma estratégia de ataque mais direto, com menos passes trocados até a finalização e muita utilização dos lados do campo.

Em seu início no São Paulo, o argentino demonstra uma nova faceta. Durante grande parte das partidas, o Tricolor utilizou Luciano e Calleri como referências na construção pelo centro. Zubeldía chegou a usar os dois nomes junto a André Silva, outro atacante com muitas ações por dentro.

O que mudou?

Antes de Luis Zubeldía assumir, o São Paulo teve Thiago Carpini como treinador. Em 18 jogos, teve sete vitórias, seis empates e cinco derrotas. Nessas partidas, o Tricolor marcou 26 gols e sofreu 19. O técnico foi demitido após estar à frente do time em compromissos que aconteceram que aconteceram em maior parte pelo Campeonato Paulista.

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Ainda que tenha conquistado a Supercopa do Brasil, Carpini não conseguiu grande rendimento na sequência. A crise se instalou com a eliminação nas quartas de final do Paulistão, contra o Novorizontino, em pleno MorumBis.

Na ocasião, o São Paulo teve 71% da posse da bola. Por outro lado, finalizou a gol apenas quatro vezes. A equipe tentou 84 bolas longas durante os 90 minutos, além dos 20 cruzamentos (com apenas 25% de acerto). Defensivamente, o trabalho também não agradou, tendo em vista duas grandes chances cedidas.

Divulgação / Conmebol
Luciano se tornou referência de construção do São Paulo – Divulgação / Conmebol

O jogo seguinte foi a estreia pela Libertadores, contra o Talleres, em Córdoba. O Tricolor dominou a posse de bola, com 63%, em mais uma partida com poucas oportunidades claras criadas (apenas uma). A equipe tentou 63 bolas longas (acertou 36) e 23 cruzamentos (quatro corretos). Defensivamente, cedeu três chances claras para o adversário, além dos três gols sofridos.

O trabalho de Zubeldía seguiu com a manutenção da bola. Em todos os jogos, o São Paulo dominou a posse, mas contou com estratégias distintas na construção. A única vez que o Tricolor tentou 60 ou mais bolas longas foi na estreia do argentino, contra o Barcelona, no Equador.

Outro ponto de mudança no trabalho do técnico ex-LDU foi dar oportunidades a atletas preteridos por Carpini. Muitas vezes deixado de fora anteriormente, o zagueiro Alan Franco conquistou espaço no time titular. Da mesma forma, o volante Damián Bobadilla passou a ser mais utilizado e surge como substituto para Pablo Maia, lesionado.

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