Quem são os principais coadjuvantes das seleções semifinalistas da Copa
Sem chamar tanto a atenção, atletas como Griezmann e Gvardiol "carregam o piano" para que protagonistas como Mbappé e Modric brilhem ainda mais
Restam apenas quatro equipes vivas na Copa do Mundo do Catar e todas os semifinalistas têm seu craque e protagonista. Atual campeã, a França aposta no talento de Mbappé, enquanto a Croácia acredita no líder Modric. A Argentina quer o título no último tango de Messi e Marrocos tem a dupla Ziyech e Hakimi. Para todo protagonista brilhar, é preciso um coadjuvante que melhore o funcionamento da equipe. Quem são esses atletas que chamaram pouca atenção na Copa, mas são fundamentais para suas respectivas seleções? Confira abaixo:
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Enzo Fernández (Argentina)
Aos 21 anos, Enzo Fernández pedia passagem para fazer parte da Scaloneta. O meia chegou no Catar como reserva, mas participou da estreia desastrosa contra a Arábia Saudita e também da remontada contra o México. Desde que virou titular, na partida contra a Polônia, Enzo entregou a consistência necessária para o meio de campo da Argentina e influencia o jogo como ninguém.
Ao lado de Rodrigo de Paul, o jovem meia é o que dá verticalidade ao time. Com bom controle de bola, tem precisão para achar os companheiros e quebrar linhas com seu passe. Enzo Fernández também gosta de arriscar de fora da área, marcou um gol na Copa, acertou a trave na prorrogação contra a Holanda e assistiu Julián Álvarez para o segundo tento contra a Polônia. Dá para dizer que é um dos atletas que carregam o piano para que Messi possa brilhar no seu último tango.
Joško Gvardiol (Croácia)
Das semifinalistas, a seleção da Croácia só não tem uma defesa mais sólida do que o surpreendente Marrocos. A equipe de xadrez sofreu apenas três gols na competição e um dos segredos para essa segurança é o jovem Gvardiol.
O zagueiro de 20 anos é o líder da equipe em interceptações (1.6 por jogo) e em cortes (6.4 por jogo). Com ele, a Croácia não sentiu o envelhecimento de peças chaves do elenco – como os zagueiros Lovren e Vida – e conseguiu dar segurança para que o meio de campo seja o mais criativo possível. Todo o jogo croata passa pelos pés de Modric, mas Gvardiol é peça chave para a liberdade do craque.
Sofyan Amrabat (Marrocos)
Consistência e solidez defensiva é o principal segredo que trouxe Marrocos até as semifinais. Apesar dos grandes nomes do futebol marroquino, como Ziyech e Hakimi, o coadjuvante Sofyan Amrabat que tem se destacado nesta Copa do Mundo.
O cão de guarda protege a área com grande imposição física e qualidade técnica. Há muito tempo figurinha carimbada na equipe da Fiorentina, o volante de 26 anos fecha todos os espaços no entrelinhas, com uma média de 2.6 desarmes por jogo, 1.2 interceptações e 1.8 cortes por partida. Amrabat revelou que, na véspera das oitavas de final contra a Espanha, ficou até de madrugada na fisioterapia e precisou de uma injeção para ir a campo.
Antoine Griezmann (França)
Pode parecer muito estranho falar que Antoine Griezmann é coadjuvante, mas não há como negar que a estrela da seleção francesa é Mbappé. Dito isso, Griezmann atua como um verdade enganche com a equipe nacional – carrega a bola de qualquer lugar para o ataque, preenche todos os espaços do campo e mostra para todo mundo que mesmo um craque tem responsabilidades defensivas.
O trabalho do francês pouco aparece nas estatísticas. A mais relevante, as três assistências durante a Copa e as seis chances de gols criadas (o maior número de toda a competição). Ainda assim, noventa minutos de futebol da França é suficiente para entender que tudo passa pelos pés de Griezmann, o verdadeiro dono dos Les Bleus.