Técnico italiano assumirá o cargo 60 anos depois de o argentino Filpo Núñez dirigir o Brasil, representado pelo elenco do Palmeiras, em um triunfo sobre o Uruguai na inauguração do Mineirão
Carlo Ancelotti é o novo técnico da seleção brasileira, confirmou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta segunda-feira, 12. O treinador italiano terá sua primeira experiência como treinador de uma equipe nacional e será o quarto estrangeiro a dirigir o Brasil na história, o primeiro desde 1965.
Desde a demissão de Dorival Júnior, atualmente no Corinthians, Carlo Ancelotti e os portugueses Jorge Jesus e Abel Ferreira despontaram como principais candidatos a assumir o cargo. O italiano, porém, era um antigo desejo do presidente Ednaldo Rodrigues, que celebrou o acerto.
“Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro,” afirmou Ednaldo Rodrigues.
Ancelotti vai comandar o Brasil até a Copa do Mundo de 2026 já treinará a Amarelinha nos dois próximos jogos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. As primeira partidas acontecerão contra o Equador, dia 5 de junho, em Guayaquil, e contra o Paraguai, dia 10 de junho, na Neo Química Arena.
Essa não será a primeira vez que um técnico estrangeiro assumiria o cargo do Brasil. Apesar do domínio absoluto de treinadores brasileiros ao longo das décadas, três nomes vindos de fora já tiveram a oportunidade de dirigir a equipe pentacampeã mundial. O último, porém, foi há 60 anos – e por apenas um jogo.
Ramón Platero foi o primeiro estrangeiro na seleção brasileira – Reprodução
Natural da pequena cidade de Canelones, no Uruguai, Platero desembarcou no Brasil em 1919 para trabalhar no futebol de clubes. Construiu carreira em times como Fluminense, Flamengo e Vasco, onde conquistou títulos cariocas.
Em 1925, assumiu a seleção para o Campeonato Sul-Americano (atual Copa América). Foram apenas quatro jogos: duas vitórias sobre o Paraguai, uma derrota para a Argentina e um empate contra os hermanos, que decretou a eliminação.
Joreca brilhou pelo São Paulo antes de treinar o Brasil – Reprodução
Primeiro europeu a comandar a seleção, o português Joreca teve uma trajetória curiosa. Antes de ser técnico, foi jornalista, radialista, árbitro e estudou educação física.
Fez sucesso no São Paulo, conquistando três títulos paulistas (1943, 1945 e 1946). Em 1944, foi chamado para dividir o comando da seleção com Flávio Costa, representando o futebol paulista, enquanto Costa representava o Rio de Janeiro. Juntos, venceram dois amistosos contra o Uruguai, por 6 a 1 e 4 a 0.
Filpo Nuñez esteva à frente da seleção brasileira uma vez – Reprodução
A passagem mais curta de um estrangeiro pelo comando do Brasil aconteceu em 1965. Na inauguração do Mineirão, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) decidiu que o Palmeiras representaria a seleção em um amistoso contra o Uruguai.
Como técnico do clube, o argentino Filpo Nuñez foi o responsável por comandar o time e entrou para a história como treinador da seleção brasileira por um único dia. A experiência foi vitoriosa: 3 a 0.
Filpo Nuñez, o 1º técnico estrangeiro a brilhar (e incomodar) no Palmeiras
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