Após eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil, técnico português concedeu coletiva de imprensa; veja respostas
Eliminado em casa pelo maior rival, Abel Ferreira deixou o Allianz Parque consciente da insatisfação da arquibancada. Vaiado e alvo de xingamentos de parte da torcida do Palmeiras durante a derrota para o Corinthians nas oitavas da Copa do Brasil, o técnico reagiu com aplausos.
Em coletiva de imprensa, o português negou qualquer ironia no gesto. “Ouvi tudo, registrei. Mas em nenhum instante tive a intenção de provocar ou ironizar. Sempre pedi que estivéssemos juntos, especialmente nos dias difíceis.”
Também questionado sobre sua continuidade no clube, Abel foi evasivo ao ser questionado sobre como os protestos podem interferir em seu futuro no cargo: “Não é a hora para esse tipo de conversa. O momento exige foco no que é melhor para o Palmeiras, e só isso.”
E continuou, citando a fase atual do vencedor. “Perdemos um clássico, sim. Contra um rival que, convenhamos, não tem colecionado grandes conquistas. E mesmo assim, cabe a nós, palmeirenses, e digo porque eu me tornei um, seguir adiante com dignidade e cabeça erguida”.
Jogo entre Corinthians e Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, teve lances duros – Alexandre Battibugli / PLACAR
Com contrato até o fim deste ano, o treinador apelou para a memória. Relembrando dos momentos de crise do clube, questionou em tom de reflexão sobre a fase turbulenta.
“Entendo perfeitamente a frustração. Mas não podemos esquecer de onde saímos. Este era um clube desorganizado, afundado em dívidas, sem rumo claro há 10, 15 anos. Agora, depois de tudo que conquistamos, a pergunta é: queremos reconstruir ou queimar tudo de novo?”, disse.
Crise?
“Ninguém entra em campo querendo perder, ainda mais num clássico. Conhecemos o peso desse jogo. Mas talvez estejamos enfrentando o efeito colateral do nosso próprio sucesso. A pressão que antes vinha de fora, agora parece vir de dentro”
Saída de Vitor Roque
”A troca é muito simples. Vimos que uma das formas de fazer gol era na bola parada e entendi que deveria usar Flaco e Emiliano. Facundo e Roque estavam bem, mas acreditamos que em função de ter um a menos, o desgaste de ir atrás de um resultado contra, a arma das bolas paradas poderia ser importante. O treinador está aqui para tomar decisões e vocês têm todo direito de analisar”
Expulsão de Aníbal
“Não sou muito de atirar pedras, porque é um jogo feito de acertos e erros. E às vezes no momento da adrenalina às vezes passamos do limite e foi isso que aconteceu, infelizmente. Mas mesmo com um jogador a menos acredito que era possível dar a volta a isso, mas infelizmente não aconteceu.”
Momento ruim?
“Há dois meses, antes do Mundial, estávamos em primeiro em tudo. No Campeonato Brasileiro e na Libertadores. Mas é estranho que quando chega depois do Mundial, começa a sentir que andasse a tentar criar assuntos e dizer que o Mundial foi um desastre.“
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