Se não teve Erling Haaland coroado como o melhor jogador da temporada passada – inexplicavelmente, o prêmio ficou de novo com Lionel Messi -, o Manchester City pelo menos viu seu goleiro, Ederson, ser escolhido como o melhor da posição no prêmio Fifa The Best na última segunda-feira, 15. O brasileiro é um jogador que divide opiniões, graças ao seu estilo nada convencional para um goleiro. Mas levando em conta seu pacote completo de qualidades, no contexto do time de Pep Guardiola, Ederson é o camisa 1 perfeito.
Começando pelo que ainda é o principal para um goleiro: a capacidade de evitar gols. Nesse quesito, Ederson realmente não figura entre a elite mundial. Apesar de ter brilhado na final da Liga dos Campeões contra a Inter de Milão com defesas decisivas, o forte do brasileiro não é esse. Um estudo do site The Athletic, por exemplo, comparando os gols que cada goleiro sofreu na temporada 2022/23 da Premier League com a qualidade das finalizações no alvo que cada um recebeu, mostrou que Ederson levou quase cinco gols a mais que o esperado, ficando em 20º na lista. Para efeito de comparação, Alisson, do Liverpool, foi o segundo colocado, tendo tomado 10 gols a menos que o esperado.
Por que, então, Ederson é titular indiscutível do melhor time do mundo? Por causa de seus pontos fortes, que, aí sim, estão certamente no topo do jogo. Para começar pelo mais óbvio, a qualidade com os pés. O uso do goleiro na saída de bola é crucial para o modelo de jogo do City, não apenas pela calma e pela precisão de Ederson nos passes curtos, muitas vezes de primeira. Mas também com lançamentos mais longos, algo cada vez mais usado pelo time de Guardiola para escapar de pressões do adversário. Ele inclusive já tem cinco assistências na carreira, com passes precisos e diretos para atacantes fazerem o gol. A força do chute também impressiona: ele consegue facilmente colocar a bola perto da área rival.







