Chega ao fim mais uma temporada decepcionante no Brasil
Fortaleza de Vojvoda e o faro de gol de Cano foram algumas das raras boas notícias do Brasileirão
Chegou ao fim a temporada do futebol brasileiro e, como já era de se esperar, foi mais um ano de muita decepção. O próprio Flamengo, que levantou a Copa do Brasil e a Taça Libertadores, jogou a toalha e perdeu os últimos dois jogos do Brasileirão para o Coritiba e o rebaixado Avaí, respectivamente. Independente de ser com o time reserva ou não, não existe entrar em campo para perder, ainda mais diante de mais de 60 mil torcedores no Maracanã, que foram acompanhar as despedidas do Diego Ribas e do Diego Alves. Um verdadeiro banho de água fria!
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Em 2023 teremos de volta à Série A Vasco, Cruzeiro, Grêmio e Bahia, mas confesso que estou bastante preocupado com o futuro desses clubes. Embora a Primeira Divisão não seja lá aquelas coisas, a Série B é um campeonato que é quase 100% vontade. Caso esses clubes não tragam reforços, correm grande risco de passar sufoco ano que vem. E o meu maior medo é que eles se acostumem com esse “sobe e desce”. Precisam abrir o olho antes que seja tarde!
Não preciso nem dizer o quanto eu vibrei com a vaga do Fortaleza na Libertadores, né? Acompanho esse clube há mais de 10 anos, adoro a Copa do Nordeste e já mencionei algumas vezes aqui na coluna a importância de enxergar um trabalho a longo prazo. Mesmo com uma campanha desastrosa no primeiro turno, a diretoria do Fortaleza foi muito feliz em manter Juan Pablo Vojvoda no comando do clube e o resultado está aí. Não tem mistério! Garanto a vocês que 99% dos outros clubes mandariam o treinador embora e contrariam o primeiro que estivesse livre no mercado!
Ainda sobre o Campeonato Brasileiro, gostaria de exaltar o ano do Germán Cano. O atacante argentino balançou a rede por 44 vezes em toda a temporada e anotou 26 gols no Campeonato Brasileiro, superando Neymar (2012) e Gabigol (2019). Por sua capacidade de se colocar dentro da área e, sobretudo, finalizar, Cano me lembra muito outros gringos que fizeram história por aqui: Artime, Fischer, Doval, Sanfilippo, entre outros. Gostaria de entender por qual motivo os argentinos nunca cogitaram a sua convocação para a seleção!
Não poderia deixar de finalizar a coluna sem expressar a minha indignação com a CBF e a FIFA por não terem convidado nenhum tricampeão do mundo (58, 62 e 70), embaixadores oficiais da federação brasileira, para viajar ao Catar! Inadmissível!
Pérolas da semana:
“Com uma compactação de ideias que define o DNA e a identidade do treinador, o time joga por dentro, espetando os alas agudos para potencializar e espalhar os pontos de sustentação da equipe”.
“Para superar as entrelinhas de quatro ou de cinco, o time faz transições dinâmicas que desconectam do contexto e espalha combustível pelo bloco alto ou baixo do adversário”.