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Ex-Dortmund relembra gol histórico, vice da Champions e Klopp ‘bipolar’

Peça crucial na campanha do Borussia Dortmund em 2013, zagueiro Felipe Santana falou à PLACAR sobre expectativa para nova decisão em Wembley

Vinte e sete anos depois de bater a Juventus e pintar a Europa em amarelo e preto, o Borussia Dortmund tem neste sábado, 1º, a chance de conquistar o bicampeonato da Champions League. Não poderia haver cenário melhor: no mítico estádio de Wembley, em Londres, e contra o maior vencedor da competição, o Real Madrid. É também a chance de vingar o vice de 11 anos atrás, diante do Bayern de Munique, no mesmo estádio inglês. Na ocasião, o Dortmund contava com um defensor brasileiro, Felipe Santana. 

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O Borussia Dortmund, à época, revelou para o futebol mundial o treinador Jürgen Klopp e jogadores como Ikay Gundogan, Mario Gotze e Robert Lewandowski, além dos remanescentes Mats Hummels e Marco Reus. O ex-defensor Felipe Santana, natural de Rio Claro (SP), foi peça essencial naquela campanha, ainda que não fosse um titular absoluto, pois anotou dois gols na fase final, sendo um deles o definidor da histórica virada por 3 a 2 sobre o Málaga na volta das quartas de final.

Em entrevista exclusiva à PLACAR, o zagueiro finalista da Champions com o Borussia Dortmund lembrou com orgulho do tento. “Aquele gol foi uma combinação de diversos fatores. Eu tive a sorte de estar no lugar certo, na hora certa. Isso me levou  a conseguir marcar. Foi um dos momentos mais marcantes da minha carreira e deve ter sido um dos mais importantes da história do Borussia Dortmund. Aquele gol marcou nossa Champions League.”

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O ex-jogador de 38 anos também foi às redes nas oitavas de final. Após um empate em 2 a 2 na Ucrânia, o Borussia venceu o Shakhtar Donetsk na volta por 3 a 0, com o brasileiro abrindo o marcador. Com saudades do barulho da famosa Muralha Amarela, famosa arquibancada do Signal Iduna Park, Felipe revisita sensações e também aquela memorável campanha.

“Quando se trata de Champions, é difícil ter um diagnóstico antecipado. São os melhores clubes do mundo, com todos olhando a uma só direção. Começamos com Real Madrid e Manchester City no mesmo grupo e conseguimos passar em primeiro. A confiança foi sendo adquirida durante. Contra o Shakhtar, corremos atrás do empate na ida e na volta contamos com a potência da nossa torcida. Meu gol foi muito importante, mas claro que não teve a mesma importância do contra o Málaga”, falou Felipe Santana.

Titular em cinco das sete partidas que fez na edição, Felipe dividiu vestiário com jovens que depois se tornariam grandes nomes e afirma que tinha boa relação geral. “Eu me dava bem com todo mundo. O propósito que tivemos naquele time foi mágico. Chegamos onde chegamos porque fomos unidos. Tínhamos várias qualidades individuais e ninguém falava de uma grande estrela, todos tinham importância.”

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Felipe Santana foi zagueiro do Borussia Dortmund em campanha histórica – Divulgação / BVB

Sobre o treinador Jurgen Klopp, que na sequência fez história à frente do Liverpool, o brasileiro exaltou os métodos de treinamento e falou em tom bem humorado sobre o ex-comandante. “Ele era muito aberto com todos e na época foi um técnico muito motivacional. E, hoje, com certeza ele se transformou em uma outra pessoa, só que na nossa época de Dortmund ele era extremamente alegre, mas às vezes um pouco bipolar. Uma hora estava de um jeito, logo estava de outro. Mas fora isso, sempre nos cobrou e nos melhorou ao extremo.”

No banco de reservas na decisão, Felipe Santana falou que, após passar pelo Real Madrid nas semifinais, o Borussia Dortmund chegou sem o peso de uma pressão para a decisão. O zagueiro também afirma que a final contra o Bayern de Munique, que terminou em 2 a 1 para os bávaros, foi decidida em detalhes: “Para nós que estamos dentro, sei que faltaram mínimas coisas de concentração, mas não foi decidida em uma grande diferença de atuação ou algo do tipo.”

Depois de sua participação de peso na temporada 2012/13, Felipe Santana deixou Dortmund para atuar em um rival: o Schalke 04. Na sequência, ainda atuou pelo Olympiacos, da Grécia, e pelo Kuban Krasnodar, da Rússia, antes de retornar ao Brasil, onde passou por Atlético Mineiro, Chapecoense e Atlético Catarinense.

Atualmente, Felipe Santana diz não se enxergar dentro das quatro linhas, mas confirma que deve seguir no meio do futebol. Fã assíduo do esporte, afirma ter carinho especial pelo Borussia Dortmund e deixou uma análise cautelosa sobre a final: “Vai ser um jogo muito duro. O fator jogo único deixa tudo diferente. A torcida do lado alemão vai fazer diferença. Claro que o Real Madrid é fortíssimo e, no um contra um, acaba saindo em vantagem.”

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