Exclusivo: Artur Jorge quer evitar clima de revanche em Botafogo x Palmeiras
Além da rivalidade em campo, bastidores também ficaram tumultuados com acusações entre presidentes John Textor e Leila Pereira
Botafogo e Palmeiras iniciam nesta semana uma série de pelo menos três jogos em um intervalo de quase um mês. Depois da perda do título para o rival no ano passado, os botafoguenses não querem cair em um clima de revanche. Pelo menos é o que pede o técnico Arthur Jorge, em entrevista exclusiva à edição de julho da PLACAR, já disponível em nossa loja no Mercado Livre.
As duas equipes se enfrentam nesta quarta-feira, 17, no Nilton Santos, pela 17ª rodada do Brasileirão. Na Libertadores, Botafogo e Palmeiras se encontram nas oitavas de final em 14 e 21 de agosto, no Nilton Santos e no Allianz Parque respectivamente. Além disso, os times podem se enfrentar na Copa do Brasil, já que os duelos ainda serão definidos em sorteio.
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Além da rivalidade em campo, os bastidores das duas equipes também andaram agitados com as trocas de acusações entre John Textor e Leila Pereira. Para o treinador português, amigo do agora rival Abel Pereira, o clima tenso fica longe dos campos.
Confira os principais trechos da entrevista exclusiva de Arthur Jorge, técnico do Botafogo desde abril deste ano, à PLACAR:
Como está se preparando para esse encontro com Abel Ferreira na Libertadores?
Sou amigo do Abel, mas obviamente que nessa altura somos também rivais. Vamos ter um desafio de grande exigência e com toda certeza cada um fará o seu melhor. Mas não nos falamos, até porque é muito prematuro falar de uma competição que temos para agosto. Tenho muitos jogos para ganhar até lá.
O título brasileiro da última temporada, o embate entre Leila e Textor, a arbitragem… Como esse ambiente de rivalidade afeta?
Não é um assunto que me interessa. Estamos falando de algo que aconteceu no ano passado e eu tenho que reduzir isso, até mesmo por uma questão de ética. O que eu preciso é lutar diariamente para o sucesso do Botafogo, fazer mais, melhor e tentar abstrair isso, blindar meu grupo de trabalho. Pensamos apenas em vencer.
Mas é possível blindar o vestiário diante deste histórico recente?
Temos que blindar. Aliás, estou convicto e temos feito esse trabalho também, foco total no desempenho e no treino diário na tentativa de ser melhor que o adversário em cada jogo. Eu percebo toda a discussão em volta do assunto, que há uma vontade de ouvir muita gente, mas nunca vão me ouvir falar sobre o assunto. A minha missão é fazer com que o Botafogo esteja preparado para ganhar jogos. Cada um tem a obrigação de cuidar de seu departamento.
Você vai instruir seus atletas a não falar sobre o assunto?
Veja, já não falamos rigorosamente nada sobre isso. Não precisamos instruir ninguém porque os jogadores estão conscientes do que é o papel de cada um, aquilo que nos é exigido cada dia, que é trabalhar com afinco e sem perder o foco ou desperdiçar energia naquilo que não controlamos e tampouco nos compete discutir.
Você se incomoda com os assuntos extracampo?
Repare, não é que eu não goste, mas é um assunto que não me diz respeito. A nossa obrigação é o treino, conhecer o adversário, competir. Não estou fugindo da questão, mas para mim é sobre desempenhar a minha função da melhor forma possível. Eu preciso ter serenidade para abstrair tudo aquilo que é acessório.
E como é a sua relação com John Textor?
É um cara muito presente, que procura estar inteirado em todo o nosso dia a dia. Existe uma cobrança natural por ser o dono do clube, mas também enquanto torcedor. É uma pessoa que vive muito o Botafogo. Claro que ele tem os posicionamentos dele, mas sem nunca interferir no dia a dia da equipe ou no trabalho que fazemos.
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