Em um duelo marcado pela tensão e pela necessidade de reabilitação de ambos os lados, o Bahia fez valer o mando de campo e venceu o Vasco por 1 a 0, neste domingo, 23, na Arena Fonte Nova.

O gol solitário de Erick Pulga, marcado após a expulsão do atacante vascaíno David, encerrou uma sequência de três jogos sem triunfos do Tricolor e manteve vivo o sonho de uma vaga direta na Libertadores via Campeonato Brasileiro.

Já o Cruzmaltino amarga sua quinta derrota consecutiva, vivendo seu pior momento na competição.

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Pressão tricolor e paredão vascaíno

A primeira etapa foi um monólogo de posse e intenções do Bahia, que, sob a regência de Everton Ribeiro, empurrou o Vasco para o campo de defesa. O time carioca, visivelmente nervoso e com dificuldades na saída de bola, limitou-se a tentar sobreviver à pressão. O Tricolor acumulou escanteios (sete contra nenhum do rival no primeiro tempo) e chances criadas, mas esbarrou na falta de pontaria e na segurança do goleiro Léo Jardim.

Os momentos de maior perigo surgiram dos pés de Ademir e Jean Lucas, que exploraram bem os espaços deixados pela defesa vascaína. O Vasco, por sua vez, teve uma atuação ofensiva nula na primeira metade, com Matheus França e Rayan isolados e sem conexão com o meio-campo, resultando em um 0 a 0 que parecia barato para os visitantes no intervalo.

Expulsão relâmpago e o alívio na Fonte Nova

O cenário mudou drasticamente no segundo tempo, não pela melhora técnica, mas pelos erros individuais. O técnico do Vasco tentou dar vida ao ataque colocando David, mas o atacante acabou se tornando o vilão da partida. Aos 24 minutos, David cometeu uma entrada dura sobre Kanu e recebeu o cartão vermelho direto, deixando sua equipe com um a menos no momento em que o Bahia aumentava a intensidade.

A punição foi quase imediata. Cinco minutos após a expulsão, aos 29, Ademir fez boa jogada pela direita e cruzou na medida. Erick Pulga, bem posicionado, não perdoou e estufou as redes de Léo Jardim, explodindo a Fonte Nova em alívio e festa. O gol premiou a equipe que buscou o resultado desde o minuto inicial.

Drama final e expulsão bizarra

Quando o jogo parecia controlado, o Bahia adicionou uma dose desnecessária de drama. O zagueiro Ramos Mingo, que seria substituído, retardou excessivamente sua saída de campo e acabou expulso pelo árbitro, igualando o número de jogadores em 10 para cada lado na reta final. O Vasco, no desespero do “tudo ou nada”, tentou pressionar na base do abafa, mas a desorganização tática e a falta de criatividade — sentindo a ausência de um articulador como Coutinho — impediram qualquer reação efetiva.