No Brasileirão de 1995, bem antes do sucesso das casas de apostas, empresas de diversos setores investiam nas equipes do Brasileirão; confira lista
As casas de apostas dominaram o Brasileirão, com 100% das equipes sendo patrocinadas por ao menos uma dessas empresas (18 dos 20 participantes têm bets estampadas como patrocínio máster, enquanto duas têm parcerias nas mangas). No passado, o cenário era bem diferente, com empresas de diversos ramos investindo na Série A.
Há 30 anos, no Brasileirão de 1995, as marcas que investiam no futebol eram fábricas de tintas, alimentos, montadoras e companhias tradicionais.
O Botafogo ergueu a taça vestindo uma icônica camisa que exibia a marca de refrigerantes Seven Up.
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Os patrocínios da época carregavam uma identidade regional muito forte, e várias dessas marcas ficaram gravadas na memória do torcedor. Curiosamente, marcas de tinta e alimentos dominavam o cenário.
A seguir, PLACAR reuniu todos os patrocinadores máster da Série A de 1995, clube por clube, confira:
O Galo começou 1995 com a Coca-Cola estampada na camisa, dando sequência a uma parceria marcante dos anos 90. A gigante americana dos refrigerantes usufruiu bastante do futebol para reforçar sua presença no Brasil. Ao longo da temporada, o Atlético ainda chegou a estampar a companhia aérea TAM em alguns jogos, mas a Coca-Cola foi a marca mais associada ao time.
Há 26 anos o Atlético conquistava o Campeonato Mineiro de 1995. Um título histórico, vencido de ponta a ponta, com personagens inesquecíveis. Em pé: Taffarel, Paulo R. Costa, Éder Lopes, Luiz Eduardo, Ronaldo e Frasson.
Agachados: Éder Aleixo, Euller, Carlos, Renaldo e Dinho. pic.twitter.com/S3EcryUAgX— Galo Memória (@galomemoria_) June 4, 2021
As Tintas Renner, tradicional no mercado de pintura, estampavam a camisa do Bahia e era uma das marcas mais presentes em diferentes regiões do país na época.
Reprodução – Football Kit Archive
O refrigerante Seven Up buscava mais espaço no Brasil e estampou a camisa do Botafogo em um ano histórico. O título nacional de 1995 ficou muito ligado à marca.
Donizete, com a camisa campeã do Glorioso – Alexandre Battibugli/PLACAR
Bem antes de ser comprado pelos energéticos Red Bull, o Bragantino exibia a Lousano, fabricante de fios e cabos elétricos, uma parceria que durou boa parte da década de 90.
Camisa do Bragantino em 1995 – Reprodução – Brechó do futebol
O Corinthians exibiu a marca Suvinil, uma das líderes em tintas, em um patrocínio duradouro que marcou os anos 90. Neste ano, o Timão conquistou a Copa do Brasil e o Paulistão.
Marques e Sylvinho com a camisa da Suvinil – Foto: Pisco Del Gaiso/PLACAR
A Cecrisa, indústria catarinense de revestimentos cerâmicos, aparecia na camisa do Criciúma levando o nome da empresa para todo o país.
Camisa do Criciúma em 1995 – Reprodução Football Kit Archive
O Cruzeiro teve a Energil C, complexo vitamínico, como patrocinador máster. A marca entrou para a história do torcedor celeste como parceira no título da Libertadores de 1997.
Uma das camisas mais polêmicas do Cruzeiro, lançada em 1995 – Grafital/Reprodução
A Lubrax, marca da Petrobras, foi presença constante na camisa do Flamengo durante os anos 90, ajudando a fortalecer a identidade do uniforme.
Romário, em 1995, pelo Flamengo – PLACAR
O Fluminense estampou a Hyundai, marca sul-coreana de automóveis, numa parceria que mostrava a força das montadoras na década.
Renato, do Fluminense, e Jorge, do Flamengo, na finalíssima do Campeonato Carioca de 1995, no Estádio do Maracanã – RICARDO CORREA/PLACAR
A Mabel, tradicional marca de biscoitos e snacks, aparecia na camisa do Goiás e ajudava a dar visibilidade nacional para uma empresa do Centro-Oeste.
Camisa do Goiás com patrocínio da Mabel é uma das mais icônicas da história esmeraldina – Reprodução
Assim como o Bahia, o Grêmio também teve a marca Renner na camisa, reforçando o alcance nacional da empresa gaúcha. Em 1995, o Grêmio foi o campeão da Copa Libertadores, mas jogou o Mundial sem patrocínio na camisa, uma norma da época.
O Grêmio em histórica foto do título da Libertadores de 1995 – Edison Vara/Placar
O Guarani, do craque Djalminha, levou na camisa a marca Magnum, fabricante de relógios que buscava aparecer no cenário nacional.
Djalminha, pelo Guarani, em 1995 – Alexandre Battibugli/PLACAR
A APLUB, entidade de previdência privada, estampou a camisa do Inter em 1995, tentando ampliar sua presença no Sul.
Caíco com a camisa do Inter, em 1995 – PLACAR
Muito associada ao Palmeiras, a Parmalat também patrocinou o Juventude, fortalecendo a estratégia da empresa italiana de comprar e vender jogadores.
Juventude teve a Parmalat estampada na camisa nos anos 90 – Reprodução
A Parmalat, marca de laticínios italiana, viveu sua época de ouro patrocinando o Palmeiras, com muito investimento e títulos importantes na década. A chamada era Parmalat, entre 1991 e 2000, foi uma das mais vitoriosas da história do Verdão.
Cléber, do Palmeiras, disputando lance com Viola, do Corinthians, nz final do Campeonato Paulista de 1995, no Estádio Santa Cruz – PLACAR
O Paraná contava com a revelação Ricardinho no elenco e levava a marca Casas Bahia, uma das maiores redes de varejo do país, aproveitando a vitrine nacional do futebol.
Paraná Clube em 1995 – PLACAR
O Paysandu estampava a Fama, fabricante de fechaduras e ferragens, exemplo de empresa regional que apostou no Brasileirão.
Em 1995, Paysandu tinha patrocínio da empresa Fama – Reprodução
A Chapecó, empresa de carnes e embutidos, apareceu na camisa da Portuguesa, reforçando a força das indústrias alimentícias na época.
Zé Roberto, em foto histórica de PLACAR
O Santos levou a marca Unicor, ligada a planos de saúde e assistência médica, em um período curto, mas marcante na década. O título brasileiro escapou por pouco em uma final polêmica contra o Botafogo no Pacaembu.
Robert, do Santos, no jogo contra o Botafogo, pela finalíssima do Campeonato Brasileiro de 1995, no Pacaembu – PLACAR
A TAM (hoje LATAM) buscava expansão nacional e estampou a camisa do São Paulo aproveitando a força do clube campeão mundial em 1992 e 1993.
São Paulo com uniforme da TAM em 1995 – PLACAR
Mais um clube com a marca Renner na camisa. A empresa aproveitou sua tradição para alcançar novos mercados no Nordeste.
Camisa do Sport em 1995 – Brechó do Futebol/Reprodução
O União São João exibia a marca Bliss, ligada a alimentos, em mais uma parceria que mostra a importância de empresas regionais na época.
Camisa do União São João em 1995 – Football Kits Archive/Reprodução
A Lousano, fabricante de fios e cabos, patrocinava o Vasco, sendo uma das marcas mais vistas nos gramados dos anos 90.
Camisa do Vasco em 1995 – Old And Gold/Reprodução
O Vitória iniciou a temporada com a Coral, outra gigante do setor de tintas que investiu pesado no futebol brasileiro naquele período. Em seguida, trocou de patrocinador para o Banco Econômico, que anos depois passaria a se chamar Excel Econômico e estamparia também as camisas de Corinthians e Botafogo.
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