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Esporte

Rafaela Silva: “infelizmente, cometi um erro”

A judoca Rafaela Silva viveu um drama ao ser desclassificada da categoria até 57 kg dos Jogos Olímpicos de Londres, na luta pelas oitavas de final contra a húngara Hedvig Karakas, enquanto dominava a luta. Ela foi sancionada por ter atacado diretamente a perna da adversária, o que foi proibido pela Federação Internacional de Judô […]

Publicado por: Da Redação em 30/07/2012 às 11:00 - Atualizado em 12/10/2021 às 12:18
Rafaela Silva: “infelizmente, cometi um erro”
Veja.com

A judoca Rafaela Silva viveu um drama ao ser desclassificada da categoria até 57 kg dos Jogos Olímpicos de Londres, na luta pelas oitavas de final contra a húngara Hedvig Karakas, enquanto dominava a luta.

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Ela foi sancionada por ter atacado diretamente a perna da adversária, o que foi proibido pela Federação Internacional de Judô em 2009.

A húngara já havia recebido uma advertência por falta de combatividade e, no momento em que aplicou o golpe que provocou sua desclassificação, a arbitragem chegou a marcar um waza-ari para Rafaela.

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Mas depois da revisão por vídeo, os árbitros constataram que a brasileira atacou diretamente as pernas da rival e ela foi eliminada. Após o anúncio da decisão, Rafaela desabou no tatame e não conseguiu conter as lágrimas. Ela deixou o local de lutas amparada pela técnica Rosicleia Campos.

Sarah Menezes, campeã olímpica da categoria até 48 kg, assistiu à luta e, diante do drama da sua amiga, ficou com a cara fechada pela primeira vez desde que conquistou sua medalha ouro, no sábado.

Na hora de passar na frente dos jornalistas na zona mista, Rafaela continuava chorando muito, ainda abraçada pela treinadora, que também estava aos prantos.

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Diante de tanta tristeza nos olhos da jovem carioca de 20 anos, nenhum repórter sequer cogitou pedir a ela uma reação no momento.

Ela só voltou pouco menos de uma hora depois, mais serena, e consciente do erro que cometeu.

“Eu senti ela descendo e nisso eu coloquei a mão, porque a regra diz que quando você desequilibrou a adversária descendo, você pode meter a mão na perna. Achei que fosse isso, mas infelizmente, cometi um erro”, reconheceu.

O coordenador técnico da seleção brasileira, Ney Wilson, ressaltou que “a decepção foi maior ainda porque Rafaela sabe que a culpa foi dela, não porque a adversária foi mais eficiente”.

“Esta técnica que ela usou existe no judô e foi adaptada para que possa ser executada sem usar o braço. Mas na ânsia de fazer o golpe para definir a luta, ela acabou usando a mão”, analisou o treinador, que ainda disse que Rafaela “sofreu muito por causa disso”.

Apesar da decepção, a jovem carioca se disse muito motivada para voltar aos treinos e tentar se classificar para os próximos Jogos, que aconterão na sua cidade natal, no Rio de Janeiro, em 2016.

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“Fiquei triste porque sabia que tinha condições de chegar a uma medalha, mas foi minha primeira Olimpíada, isso vai servir de experiência para 2016.”

Nascida na comunidade da Cidade de Deus, Rafaela foi revelada no Instituto Reação, do ex-judoca Flávio Canto.

Ao ser perguntada sobre o apoio que recebeu das pessoas que a acompanharam no dia a dia no projeto social, ela novamente se derramou em lágrimas.

“Eu queria agradecer ao pessoal que acordou cedo para assistir à luta, infelizmente não fiz o que eles esperavam, mas vou fazer de tudo para melhorar da próxima vez”, disse, ainda muito emocionada.

Terceira cabeça de chave da competição, Rafaela era considerada uma das principais chances da medalha do judô brasileiro na competição.

Na primeira luta, Rafaela tinha derrotado com certa facilidade a alemã Miryam Roper por 2 a 0, com uma penalidade e um yuko.

No ano passado, ela mostrou todo seu talento ao conquistar a medalha de prata no Mundial de Paris.

No masculino, o brasileiro Bruno Mendonça também foi eliminado nas oitavas de final, pelo holandês Dex Elmont.

Bruno sofreu duas punições durante o combate, o que valeu um yuko para o holandês. Nos últimos segundos da luta, Elmont recebeu a primeira advertência, mas conseguiu administrar a vantagem.

“Hoje tirei uma lição, preciso trabalhar em cima da minha hesitação na hora de entrar o golpe”, admitiu o brasileiro.

Apesar da frustração, o paulista de 27 anos deixou o tatame calmo e parecia conformado com a derrota, apesar de não concordar totalmente com as decisões dos juízes.

“Ele entrou alguns golpes na minha frente, mas sem perigo de pontuação, então não entendi muito bem porque recebi a primeira penalidade. Mas não dá para reclamar. Meu papel era vencer a luta de ippon ou pontuar de alguma forma. Como não consegui fazer isso, não posso reclamar da arbitragem”, completou

Na estreia, Bruno derrotou, com um espetacular estrangulamento com 50 segundos de luta, o ruandês Fred Yannick Uwase.

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