Para Itália, ‘situação mudou’. Mas ir para casa não é opção
Técnico Cesare Prandelli revela que delegação está proibida de deixar o hotel em Salvador, onde está concentrada para a partida de amanhã contra o Brasil
1/46 O técnico Cesare Prandelli comanda o treino da Itália em Salvador (Vincenzo Pinto/AFP/VEJA)
2/46 Treino da seleção da Itália no Castelão (Ivan Pacheco/VEJA)
3/46 Treino da seleção da Itália no Castelão (Ivan Pacheco/VEJA)
4/46 Treino da seleção da Itália no Castelão (Ivan Pacheco/VEJA)
5/46 Treino da seleção da Itália no Castelão (Ivan Pacheco/VEJA)
6/46 Treino da seleção da Itália no Castelão (Ivan Pacheco/VEJA)
7/46 Coletiva de imprensa com o jogador Buffon da Itália no Castelão (Ivan Pacheco/VEJA)
8/46 Coletiva de imprensa com o treinado da seleção da Itália no Castelão (Ivan Pacheco/VEJA)
9/46 Coletiva de imprensa com o treinado da seleção da Itália no Castelão (Ivan Pacheco/VEJA)
10/46 Pirlo durante treino nesta terça-feira (25), em Fortaleza (Ivan Pacheco/VEJA)
11/46 El Shaarawy durante treino nesta terça-feira (25), em Fortaleza (Ivan Pacheco/VEJA)
12/46 De Rossi durante treino nesta terça-feira (25), em Fortaleza (Ivan Pacheco/VEJA)
13/46 De Rossi durante treino nesta terça-feira (25), em Fortaleza (Ivan Pacheco/VEJA)
14/46 Treino da Itália nesta terça-feira (25), em Fortaleza (Ivan Pacheco/VEJA)
15/46 Cesare Prandelli durante treino nesta terça-feira (25), em Fortaleza (Ivan Pacheco/VEJA)
16/46 Buffon durante treino nesta terça-feira (25), em Fortaleza (Ivan Pacheco/VEJA)
17/46 Cesare Prandelli durante treino nesta terça-feira (25), em Fortaleza (Ivan Pacheco/VEJA)
18/46 Marchisio durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (25), em Fortaleza (Ivan Pacheco/VEJA)
19/46 Marchisio durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (25), em Fortaleza (Ivan Pacheco/VEJA)
20/46 Andrea Pirlo e De Rossi em treino para jogo contra o Brasil válida para a Copa das Confederações, nesta sexta-feira (21) (Ivan Pacheco/VEJA)
21/46 Buffon durante treino da Itália para jogo contra o Brasil válida para a Copa das Confederações, nesta sexta-feira (21), na Arena Fonte Nova (Ivan Pacheco/VEJA)
22/46 Mario Balotelli durante treino da Itália para jogo contra o Brasil válida para a Copa das Confederações, nesta sexta-feira (21), na Arena Fonte Nova (Ivan Pacheco/VEJA)
23/46 Treino da Itália para jogo contra o Brasil válida para a Copa das Confederações, nesta sexta-feira (21), na Arena Fonte Nova (Ivan Pacheco/VEJA)
24/46 Treino da Itália para jogo contra o Brasil válida para a Copa das Confederações, nesta sexta-feira (21), na Arena Fonte Nova (Ivan Pacheco/VEJA)
25/46 Treino da Itália para jogo contra o Brasil válida para a Copa das Confederações, nesta sexta-feira (21), na Arena Fonte Nova (Ivan Pacheco/VEJA)
26/46 Mario Balotelli durante treino da Itália para jogo contra o Brasil válida para a Copa das Confederações, nesta sexta-feira (21), na Arena Fonte Nova (Ivan Pacheco/VEJA)
27/46 Andrea Pirlo e De Rossi em treino para jogo contra o Brasil válida para a Copa das Confederações, nesta sexta-feira (21), na Arena Fonte Nova (Ivan Pacheco/VEJA)
28/46 Treino da Itália para jogo contra o Brasil válida para a Copa das Confederações, nesta sexta-feira (21), na Arena Fonte Nova (Ivan Pacheco/VEJA)
29/46 Cesare Prandelli durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (21) (Ivan Pacheco/VEJA)
30/46 Montolivo durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (21) (Ivan Pacheco/VEJA)
31/46 Jogadores da Itália comemora o terceiro gol da Itália contra o Japão, pela Copa das Confederações, no Recife (Vincenzo Pinto/AFP/VEJA)
32/46 Jogador Sebastian Giovinco da Itália, comemora quarto gol contra o Japão, pela Copa das Confederações em Recife (Laurence Griffiths/Getty Images/VEJA)
33/46 Jogador italiano Mario Balotelli, chega no hotel em Recife, onde enfrentará o Japão, em 18/06/2013 (Ivan Alvarado/Reuters/VEJA)
34/46 Treinador da seleção italiana, Cesare Prandelli, no treino antes do jogo contra o Japão, em 17/06/2013 (Sérgio Moraes/Reuters/VEJA)
35/46 Treino da seleção da Itália em Recife, antes do jogo contra o Japão, em 18/06/2013 (Ivan Alvarado/Reuters/VEJA)
36/46 Treino da seleção da Itália no Rio, antes do jogo contra o México, em 14/06/2013 (Marcelo Sayão/EFE/VEJA)
37/46 Treino da seleção da Itália no Rio, antes do jogo contra o México, em 14/06/2013 (Marcelo Sayão/EFE/VEJA)
38/46 El Shaarawy durante treino da Itália, nesta sexta-feira (Getty Images/VEJA)
39/46 Andrea Pirlo, meia da Seleção da Itália (Stuart Franklin – FIFA/FIFA via Getty Images/VEJA)
40/46 Os jogadores Stephan El Shaarawy e Balotelli durante visita ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (Reuters/VEJA)
41/46 Cristo Redentor refletido nos óculos jogador italiano Stephan El Shaarawy, no Rio de Janeiro (Reuters/VEJA)
42/46 Em clima de preparação para a Copa das Confederações, a seleção da Itália enfrentou nesta terça-feira (11) o Haiti, em partida amistosa no Estádio São Januário (Vincenzo Pinto/AFP/VEJA)
43/46 O jogador italiano Stephan El Shaarawy em partida amistosa contra o Haiti no Estádio São Januário, no Rio de Janeiro (Felipe Dana/AP/VEJA)
44/46 Em clima de preparação para a Copa das Confederações, a seleção da Itália enfrentou nesta terça-feira (11) o Haiti, em partida amistosa no Estádio São Januário (Vincenzo Pinto/AFP/VEJA)
45/46 Balotelli no primeiro treino da Itália no Brasil, na segunda-feira, no Rio de Janeiro: grande esperança de gols da Azzurra na Copa das Confederações (Vincenzo Pinto/AFP/VEJA)
46/46 O jogador italiano Mario Balotelli desembarca no Rio de Janeiro para jogo contra o México, no próximo domingo (16/06) (Antonio Lacerda/EFE/VEJA)
“Balotelli teve permissão para sair porque tem uma cor diferente da nossa”, disse o técnico, fazendo uma piada politicamente incorreta. “Mario quer estar com as pessoas, isso faz parte dele”, emendou depois
Às vésperas do clássico contra o Brasil, que vale a primeira posição do Grupo A da Copa das Confederações, o futebol ficou em segundo plano na entrevista coletiva do técnico italiano Cesare Prandelli, nesta sexta-feira, em Salvador. Repetidamente, o comandante da Azzurra teve de responder a perguntas sobre a onda de protestos que tomou o Brasil – e que estaria causando paúra na delegação peninsular, uma das poucas que desembarcou no país com familiares. Prandelli negou categoricamente que a Itália esteja pensando em abandonar a competição ou que tenha sugerido à Fifa o cancelamento do torneio. “Voltar pra casa? Absolutamente não. Nossos dirigentes não propuseram. Nossos jogadores não pediram”, sentenciou. “Estamos concentrados e focados na partida contra o Brasil.”
Mesmo com tamanha convicção sobre a permanência no país, o treinador, que na quarta havia afirmado que os protestos não assustavam o elenco, admitiu que a situação mudou. “Até então, os protestos eram pacíficos, e, como eu havia dito, manifestações como essa são bem-vindas, um direito da população. Mas quando isso se torna algo violento, isso é preocupante, pois fica difícil controlar tanta gente. Antes eram 15.000, 30.000 pessoas, agora estamos falando de um milhão.” De qualquer forma, Prandelli reiterou sua confiança na organização do torneio. “Queremos uma partida de futebol, só isso. Seria um paradoxo jogar futebol e a 50 metros ter violência.” Por causa da tensão social, porém, o italiano revelou que a programação da equipe fora dos campos precisou ser alterada. “No Rio estava tudo bem, em Recife também. Mas aqui em Salvador, por precaução, fomos proibidos de sair do hotel.”
O cárcere forçado só não valeu, claro, para Mario Balotelli. Na manhã desta sexta, o indomável craque, que apoia um projeto social na Bahia, passeou calmamente pela orla de Salvador acompanhado de um amigo – e, escoltado por dois policiais militares, não se furtou a atender aos pedidos de autógrafos e fotos dos fãs. Questionado sobre o motivo da exceção, Prandelli fez uma piada politicamente incorreta: “Bem, para ele não valia, ele teve permissão porque tem uma cor diferente da nossa.” Depois, recobrou a seriedade. “Mario quer estar junto com as pessoas, com as crianças, isso faz parte dele”, afirmou, para em seguida elogiar seu camisa 9. “Dedicar-se dessa forma aos outros é importante. Quem faz isso acaba se ajudando também. Ajudar cria um senso de responsabilidade”, finalizou o filósofo Prandelli.