Documento que recorda ligações do francês com escolha do Catar como sede da Copa de 2022 foi distruibuído na sede da Fifa, em Zurique
Um dossiê anônimo contra o candidato à presidência da Fifa Michel Platini foi distribuído na sede da entidade, em Zurique, informou neste domingo o jornal alemão Welt am Sonntag. Diante de reclamações da Uefa, entidade presidida por Platini, a Fifa se pronunciou nesta segunda-feira e disse que irá investigar o caso. Segundo a publicação alemã, o documento, intitulado “Platini – esqueleto no armário”, questiona a aptidão do ex-jogador francês para o cargo de presidente da Fifa ao ressaltar suas ligações com a escolha do Catar como sede para a Copa de 2022 – Platini votou no emirado e seu filho foi contratado por uma empresa catariana pouco tempo depois, relembra o dossiê.
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Diante do novo escândalo, a Fifa informou à agência Reuters que “o secretário-geral Jérôme Valcke recebeu uma carta da Uefa sobre o assunto e confirmou que a entidade está investigando o caso”. A Uefa também enviou sua reclamação para Cornel Borbely, procurador suíço e principal investigador de ética da Fifa, e Domenico Scala, chefe do comitê independente de auditoria.
Concorrência – Principal opositor de Platini no pleito que definirá o substituto de Joseph Blatter, o sul-coreano Chung Mong-joon criticou o francês nesta segunda-feira. Segundo ele, a forte ligação com Blatter no passado mostra que Platini não é a pessoa correta para promover inovações no futebol mundial.
“Recentemente, Platini disse que Blatter é seu inimigo, mas sabemos que o relacionamento deles era como o de mentor e protegido, ou pai e filho”, disse Chung, de 63 anos, herdeiro bilionário do conglomerado industrial sul-coreano Hyundai. “Michel Platini foi um grande jogador de futebol, é meu bom amigo. Seu problema é que ele não parece compreender a gravidade da crise de corrupção na Fifa”. No sábado, Blatter disse ter sido ameaçado por Platini antes da última eleição na Fifa.
O brasileiro Zico, o argentino Diego Maradona, o ex-meio-campista de Trinidad e Tobago David Nakhid e o presidente da federação liberiana, Musa Bility, já adiantaram que irão concorrer na eleição marcada para 16 de fevereiro de 2016. O príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein e o sul-africano Tokyo Sexwale da Jordânia ainda cogitam candidatura.
(com agência Reuters)