Zagueiro brasileiro Rafael Toloi é convocado pela seleção italiana
Em sua quinta temporada pela Atalanta, ex-jogador de Goiás e São Paulo foi chamado pela primeira vez pelo técnico Roberto Mancini
O zagueiro brasileiro Rafael Toloi, da Atalanta, foi uma das novidades na lista de 38 convocados do técnico Roberto Mancini para a seleção italiana para as partidas contra Irlanda do Norte, Bulgária e Lituânia, entre os dias 25 e 31 de março, válidos pelas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2022, no Catar.
Desde 2015 no clube de Bérgamo, o jogador de 30 anos conclui recentemente o seu processo de naturalização, e, com isso, pode se unir a um extenso grupo de brasileiros a atuar pela Azzurra.
Natural de Glória d’Oeste, no Mato Grosso, Toloi teve passagens no Brasil por Goiás e São Paulo. No clube goiano, onde iniciou, ficou entre 2009 e 2012, enquanto no clube paulista atuou de 2012 a 2015, sendo emprestado em parte do período para a Roma, também da Itália.
Toloi chegou a disputar partidas pelas seleções de base do Brasil, mas nunca foi convocado para a principal. Desde fevereiro, obteve autorização da Fifa para poder defender a Itália. Ele será um dos nomes testados por Mancini antes da convocação da próxima Eurocopa, que será jogada em diversas sedes, entre junho e julho.
Na convocação, há três nomes de jogadores que atuam na Inter de Milão: o zagueiro Bastoni, além dos meio-campistas Barella e Ricci, que ainda terão suas convocações validadas, ou não, por autoridades sanitárias. O clube passou por recente surto de Covid-19, condição essa que suspendeu o próximo jogo da equipe no Campeonato Italiano, contra Sassuolo, que ocorreria neste sábado, 20.
Além de Toloi, o lateral-esquerdo brasileiro Emerson Palmieri, do Chelsea, também foi convocado. O volante Jorginho, também do clube inglês, é outro brasileiro naturalizado recorrentemente chamado, mas que ficou ausente desta vez.
Na Azzurra, o histórico de nomes brasileiros também pode ser ampliado mais recentemente para os atacantes Éder, recentemente anunciado como reforço do São Paulo, Amauri, com passagens por clubes como Juventus, Fiorentina e Parma, e Thiago Motta, ex-Inter de Milão, Barcelona e PSG. O primeiro brasileiro na história a vestir a camisa italiana foi José Altafini, o Mazzola, que disputou a Copa de 1962.
Atualmente, há outros brasileiros em atividade por outras seleções como o meio-campista Tiago Alcântara e Rodrigo Moreno, na Espanha, o lateral Mário Fernandes, pela Rùssia, o meio-campista Marlos, pela Ucrânia.
De acordo com as atuais normas da Fifa, qualquer jogador que pretenda atuar pela seleção do país pelo qual se naturalizou precisa estar vivendo nesta nação nos últimos cinco cinco anos. No ano passado, a entidade que rege o futebol afrouxou um pouco as normas: antes, quem tivesse disputado apenas um jogo oficial por uma seleção adulta, não poderia atuar por outra.
Agora, o limite passou a ser de três partidas oficias, contanto que o atleta tenha feito sua última partida pela antiga seleção até os 20 anos e que já tivesse a nacionalidade da segunda seleção escolhida na época em que defendeu a primeira.