Yuri Alberto se recuperou de um início de 2024 conturbado e hoje celebra a melhor temporada de sua carreira. São 25 gols e seis assistências pelo Corinthians… e contando. A redenção do atacante, capa da edição de novembro de PLACAR, passa por aspectos psicológicos, como o apoio de uma terapeuta e dos companheiros, e também por questões táticas.

Sua melhor versão apareceu justamente quando deixou de ser escalado como centroavante num esquema com dois pontas. Agora com a companhia constante de Memphis Depay ou Ángel Romero, Yuri Alberto retomou a confiança e a pontaria, explorando sua velocidade e força.

À PLACAR, Yuri Alberto concordou com uma crítica feita pelo ex-atacante e ídolo alvinegro Luizão, que em entrevista ao canal Alambrado Alvinegro, disse que Yuri Alberto não é um camisa 9 tradicional. “Concordo. Jogando de segundo atacante, como eu joguei com António [Oliveira], ou também um segundo atacante, de beirada assim, com mais liberdade no campo de ataque, é algo positivo para minha característica, porque sou um cara de atacar a profundidade.”

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“Nunca fui especialista em fazer um pivô, em segurar e sustentar, sabe? Eu queria ter aprendido, ter essa característica positiva que agregaria muito para o meu estilo de jogo também, mas acho que pela formação eu tive nunca foi o meu [forte]. Quando cheguei no Inter o D’ale [Andrés D’Alessandro] cobrava isso porque é o cara que dá no pivô e vem jogar próximo. Vem no jogo apoiado, sabe? E aí eu comecei a melhorar um pouco, comecei a ganhar essa confiança de fazer um pivô, de achar um passe. E até hoje eu não sou tão bom nisso, a minha característica é jogar em transição, atacar o espaço, fazer um-dois para atrair um zagueiro e atacar esse espaço que ele abriu”, complementou.

Yuri ainda rasgou elogios a Memphis Depay e relembrou a parceria de sucesso com Róger Guedes, atualmente no Al-Rayayn, dos Emirados Àrabes Unidos, a quem chamoun de “fominha”. O “Mirandinha (risos)? Uma vez ele foi cruzar uma bola para mim, esperei e ela entrou no gol. Eu falei: ‘mano, chuta mesmo porque tocar você não sabe’. O Guedes tem um potencial absurdo, fizemos uma boa dupla.”