Tite, um homem de palavra
PLACAR teve uma longa conversa com o técnico Tite e, a um ano da Copa do Mundo na Rússia, desvenda o que se passa na cabeça do treinador
Na sala de Tite na sede da CBF, no Rio de Janeiro, há uma lousa com um campo de futebol desenhado, onde se lê a frase: “Fazer por merecer”. No canto esquerdo, mais uma frase motivacional: “Saber ver, entender, julgar e orientar”. O discurso serve para ajudar o próprio Adenor Leonardo Bachi a fazer o que ele sabe melhor: inspirar os atletas. Para liderar a seleção brasileira – seu grande sonho profissional finalmente realizado –, ele abusa desse talento.
Atrás dele, na mesma sala, mais de uma dezena de livros. A palavra é mesmo protagonista. Sua principal característica de liderança é a conversa. Adorado pelos jogadores e famoso por unir os times por onde passa, o papo franco é a base de seu método. O resultado ficou evidente em apenas nove partidas sob seu comando, quando fez uma seleção desacreditada desde 2014 ser classificada para a Copa da Rússia, encantando em campo. “A gente quer ver futebol bonito e efetivo”, ele diz, satisfeito.
Mas é claro que nem só de frases é feito o trabalho, palavra que ele adora enfatizar. Na tarde em que recebeu a reportagem de PLACAR, dia de seu 56° aniversário, ele assistia a um videoteipe da partida entre Paraná e Atlético-MG pela Copa do Brasil, um dos muitos jogos que vê todos os dias. Essa é só uma de suas funções no expediente que dá quase que diariamente na CBF (diferentemente dos técnicos anteriores, que não eram tão, digamos, assíduos). Com sorriso aberto, animado, disposto a contar histórias, o treinador fala bem, é eloquente. Mas é também bom ouvinte: presta atenção nas perguntas enquanto anota suas ideias em um bloquinho em silêncio, para não interromper o interlocutor.
Leia a entrevista de Tite, na íntegra, na edição de Julho da Revista PLACAR, já nas bancas de todo o Brasil.