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Tite detona gramado e logística da seleção brasileira nos EUA

Treinador chegou a citar a empresa parceira da CBF que organiza os amistosos e cobrou melhorias para os compromissos futuros

O técnico Tite fez duras críticas à estrutura encontrada pela seleção brasileira nos Estados Unidos, pouco depois da derrota por 1 a 0 para o Peru, em Los Angeles, na madrugada desta quarta-feira, 11.

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Assim como os jogadores, o técnico condenou o estado do gramado do estádio Memorial Coliseum, que além de ruim, estava pintado como linhas de futebol americano.

“Está errado, o gramado influencia no desempenho, não pode acontecer. Corre risco de lesão. Não é desculpa da derrota, não quero colocar isso. Não peguem só uma parte do que estou dizendo. Tem que matar no peito, assumir a derrota. O adversário montou estratégia e ganhou. Mas futebol de alto nível não pode acontecer. Não pode ter campo nessas condições”, desabafou.

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Sobrou até para a parceira da CBF, responsável pela organização dos amistosos.

“Queria falar às pessoas responsáveis, e também tenho minha responsabilidade, antes conversei com o Juninho (Paulista, coordenador de seleções da CBF). A Pitch (empresa organizadora) precisa cuidar disso, sim. Tem de ter um campo melhor para jogar. Não pode ter um campo desse, não dá para ter um espetáculo num gramado desse. Dá para jogar ‘soccer’, dá para jogar de tênis. As três primeiras bolas que fomos inverter foram longas porque não teve precisão. Não é desculpa para a derrota porque o campo era igual para os dois. Mas quando um busca mais jogar e outro busca contato, há uma diferença”, prosseguiu.

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Tite também criticou o fato de o Brasil ter atuado contra a Colômbia em Miami (empate em 2 a 2 na última sexta) e depois viajado mais de cinco horas de avião até Los Angeles, o que, segundo ele, custou horas importantes de treino e descanso ao time.

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“O mundo real é esse. É a nossa realidade. No mundo ideal não teria sido nada assim. Eu gostaria, e já falei para o pessoal, que jogássemos onde treinamos (no estádio Banc of California). E elogiei lá porque o gramado era muito bom e eu tenho que cuidar da seleção. Como cuido na hora de dar oportunidades aos atletas. Mas não posso me isentar dessa realidade. O desempenho individual pode ficar prejudicado, por mais capacidade que a gente tenha de cuidar deles depois. É desafiador, mas é o mundo real”, completou Tite.

Neymar no banco

Por opção de Tite, alguns dos principais jogadores do time, como Neymar, que só entrou no segundo tempo, foram poupados. O técnico alegou que é preciso observar a equipe sem suas referências.

“(Poupei) Neymar, Dani (Alves), Thiago (Silva), Arthur. Temos de saber jogar sem os pilares técnicos e de capitania, de liderança comportamental. Eu não consigo tirar conclusões sem botar para jogar. Temos de responder enquanto equipe. E teve uma questão física também.”

A derrota para o Peru foi a terceira de Tite desde que assumiu a seleção em 2016 – as outras foram para a Argentina, em um amistoso, e para a Bélgica, que culminou com a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

O Brasil volta a campo ainda neste ano para mais amistosos em datas Fifa. Estão programados dois para outubro, entre os dias 7 e 15, e dois para novembro, entre os dias 11 e 19. Os adversários e locais destas quatro partidas antes do final de 2019 ainda não foram confirmados pela CBF. Em 2020, em março, começarão as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, que será no Catar.

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