Quais ligas adotam ou proíbem o uso de gramado sintético?
O uso de gramados sintéticos no futebol mundial: regras da FIFA, situação no Brasil e Europa, e o debate sobre vantagens e desvantagens.
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O debate sobre o uso de gramados sintéticos no futebol é um tema recorrente, especialmente em ligas de países com condições climáticas extremas. Enquanto algumas ligas europeias adotam a grama natural ou híbrida, outras permitem o uso de gramados artificiais, gerando discussões sobre desempenho e segurança dos jogadores.
Na Europa, as principais ligas, como a Premier League, LaLiga, Bundesliga e Ligue 1, optam por gramados naturais ou híbridos. A Espanha, por exemplo, não proíbe gramados sintéticos, mas estabelece regras para a manutenção de gramados naturais, incentivando sua utilização. A partir de 2031, novas instalações de gramados artificiais com microplásticos serão restritas.
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Quais são as regras para gramados sintéticos na Itália e na Holanda?
Na Itália, embora não haja proibição formal, a maioria dos clubes da Série A e B utiliza gramados naturais. O estádio Dino Manuzzi, do Cesena, é uma exceção, com gramado totalmente sintético. Na Holanda, a partir da temporada 2025/2026, os clubes da Primeira Divisão padronizarão seus estádios com grama natural, após incentivos financeiros para essa transição.
Como a FIFA regula o uso de gramados sintéticos?
A FIFA permite três tipos de gramados: natural, híbrido e sintético. Para o uso de gramados artificiais, a entidade estabelece um programa de qualidade que garante desempenho, segurança e durabilidade. Existem três níveis de certificação:
- Fifa Quality Pro: Para futebol profissional, com uso de até 20 horas semanais.
- Qualidade Fifa: Para futebol municipal e recreativo, com uso de 40 a 60 horas semanais.
- Fifa Básica: Atende aos critérios básicos de desempenho e segurança.
Qual é a situação dos gramados sintéticos no Brasil?
No Brasil, quatro estádios de clubes das Séries A e B utilizam gramados sintéticos: Allianz Parque, Ligga Arena, Nilton Santos e MRV Arena. Clubes como Palmeiras, Athletico, Botafogo e Atlético-MG defendem o uso desse tipo de gramado, destacando sua durabilidade e menor custo de manutenção.
O Corinthians, por sua vez, utiliza um gramado misto, composto por 96% de grama natural e 4% de fibras sintéticas, que oferecem maior estabilidade ao campo. Essa escolha reflete a busca por um equilíbrio entre a estética e a funcionalidade do gramado.
Gramados sintéticos: solução ou problema?
Os gramados sintéticos oferecem vantagens em termos de manutenção e resistência a condições climáticas adversas. No entanto, ainda há resistência quanto ao seu uso em competições de alto nível, onde a preferência por gramados naturais prevalece. A FIFA, ao não padronizar um único tipo de gramado, reconhece as diferentes necessidades e condições dos clubes ao redor do mundo, promovendo alternativas que garantam a qualidade dos jogos.
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