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Presidente admite: Corinthians errou com ‘naming rights’

Questionado sobre sucesso da arena do rival Palmeiras, Roberto de Andrade disse que clube errou ao ir atrás de parceiros quando o Itaquerão estava pronto

Mais de três anos se passaram desde a inauguração do Itaquerão e até hoje nenhuma empresa se dispôs a pagar para batizar o estádio do Corinthians. A ausência de “namings rights” (termo em inglês que ficou famoso no Brasil justamente por causa das promessas não cumpridas de dirigentes corintianos) é um dos principais responsáveis pela crise financeira do clube. Nesta sexta-feira, o presidente Roberto de Andrade admitiu que o Corinthians se equivocou ao tratar dos direitos de nome de nome de arena.

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“Não temos “naming rights” porque ninguém se colocou à disposição para pagar. Você sabe o motivo? Me fala, pois eu não sei. Pensa que é fácil vender o nome de um estádio em um país em que arena é um produto novo? Estamos falando de cifras altas e vivendo a maior crise da história”, afirmou o mandatário.

Questionado sobre o fato de o rival Palmeiras ter conseguido acordo, com a seguradora alemã Allianz, Roberto admitiu o erro do Corinthians. “Nós deixamos para ir atrás disso (“naming rights”) quando a arena estava praticamente pronta. Erramos, podemos dizer assim, em esperar ficar pronta. Pegamos um outro momento do país. Não temos bola de cristal. O Brasil naquela época estava muito bem, tudo crescendo e indo maravilhosamente bem. Não esperávamos que fosse acontecer tudo isso.”

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Na época, o então presidente Andrés Sanchez falava em fechar um acordo por 400 milhões de reais. Ao longo dos anos, Andrés culpou a imprensa por chamar o estádio de “Itaquerão” e, com isso, afugentar empresas.

Roberto de Andrade no entanto, se negou a dizer se a construção da arena, usada na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, foi um mau negócio. “Agora está feito. Não adianta falar se está errado ou certo. É um dos estádios mais bonitos do mundo e vamos pagar. Com dificuldades, mas vamos pagar. Infelizmente, é assim que as coisas acontecem. Tudo poderia ser diferente, mas a forma de pagar é essa e temos de nos enquadrar nisso. Não tem outra opção. Falando hoje é fácil. Naquele momento, era a forma que tinha de pagar.”

O presidente confirmou que houve atraso no pagamento de salários de alguns atletas em 2017 e que alguns jogadores ainda podem ser negociados na atual janela de transferências. Apesar da crise financeira, o clube dirigido pelo técnico Fábio Carille conquistou o título paulista e é líder do Brasileirão.

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(com Estadão Conteúdo)

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