Equipe mineira prega respeito ao frágil Raja Casablanca, que vai contar com o apoio da torcida. Mas elenco se diz pronto para conquistar o primeiro Mundial
“Todo mundo achou que ia ser o Monterrey, mas foi o Raja que passou. Precisamos tomar bastante cuidado porque não vai ser um jogo fácil”, disse Jô
O Atlético-MG começa nesta quarta-feira, no Marrocos, a curta campanha que pode levar ao principal título de sua história. Campeão da América depois de uma trajetória espetacular na Libertadores, o clube mineiro tem pela frente mais dois jogos para conquistar seu primeiro título de campeão mundial. O primeiro compromisso será diante de uma equipe da casa, o Raja Casablanca, às 17h30 (de Brasília), no Grande Stade de Marrakesh, na semifinal do torneio organizado pela Fifa. Antes de desembarcar no país para o Mundial de Clubes, o Atlético sofreu com várias lesões e quase perdeu o craque Ronaldinho Gaúcho, que se recuperou de uma grave contusão na coxa. O clube chega ao Marrocos para representar o continente americano com força máxima.
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Atlético-MG: atenção contra o Raja para evitar surpresa
O atacante Fernandinho, peça importante no esquema tático da equipe, chegou a ter a inscrição no Mundial contestada pela Fifa, mas ganhou condições de jogo e é uma das esperanças do time na competição. Na visão do técnico Cuca, o Atlético-MG superou os problemas e tem grandes chances de voltar do Marrocos com o título – mesmo com a presença do Bayern de Munique no torneio. O treinador explica que o Atlético tem uma equipe bem montada e que começa a colher os frutos do bom planejamento. “A montagem de uma equipe não é algo fácil de se fazer. Depois que ela está montada, todo mundo acha fácil, mas é complicado: precisa conhecer bem o mercado e ter um clube que dá condição de contratar, como o Atlético me deu”, disse.
Cautela – O adversário do Atlético-MG é uma surpresa já que superou o Monterrey, do México. Por isso, o atacante Jô recomenda atenção para o Atlético não ser surpreendido também. “A marcação é o ponto mais forte deles. Eles se defenderam bem e fizeram os gols no contra-ataque. Todo mundo achou que ia ser o Monterrey, mas foi o Raja que passou. Precisamos tomar bastante cuidado porque não vai ser um jogo fácil”, comentou. Seu companheiro no ataque, Diego Tardelli, acredita que o talento individual pode ser importante na partida. Por isso, ele aposta que a qualidade técnica dos jogadores brasileiros será decisiva no duelo. “O Raja é uma equipe que joga fechada, fica com a bola no pé e dificilmente dá um chutão. Vamos ter que usar a qualidade de cada um para tentar furar a retranca.”
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No Raja Casablanca, a confiança vem aumentando com o passar dos jogos. Os marroquinos querem coroar a campanha superando o Atlético-MG, mas os atletas do Raja sabem que será muito mais difícil encarar o Atlético que o Monterrey. “Desde pequeno, meu sonho era ver o Ronaldinho em pessoa. Jogar contra ele então, nem se fala. Será algo grandioso”, disse o marfinense Kouko Guehi, herói da classificação para as semifinais. Se o craque do Atlético desperta admiração em Kouko Guehi, o mesmo não se pode dizer volante Vivien Mabide, que garante não temer Ronaldinho. “Eu já enfrentei o Messi. Se já enfrentei Messi, como eu vou temer Ronaldinho? Ele não é mais aquele Ronaldinho que jogava no Barcelona. Hoje, é só nome. Vamos chegar à decisão. Penso que vamos. Confio nisso”, avisou.
(Com agência Gazeta Press)