Neuer vê Bola de Ouro distante: ‘Não poso de cuecas’

O goleiro Manuel Neuer, campeão do mundo pela Alemanha e titular do Bayern de Munique, é apontado pela imprensa europeia como um dos favoritos a ganhar a Bola de Ouro da Fifa, prêmio ao melhor jogador do mundo na temporada. O alemão de 28 anos, porém, acredita estar em desvantagem na disputa por ter perfil mais conservador. “Sou esportista, não embaixador de uma marca, apesar de ser o primeiro goleiro da Adidas. Não sou o tipo de pessoa que posa de cuecas”, afirmou à revista alemã Kicker, em referência ao exibicionista Cristiano Ronaldo, outro forte candidato a levar o prêmio pelo segundo ano consecutivo. “Não gosto do tapete vermelho, prefiro a grama verde. Me sinto melhor em campo”, afirmou Neuer. Campeão em 2008 e em 2013, Cristiano Ronaldo conquistou os títulos da Copa do Rei e da Liga dos Campeões e, com exceção à Copa do Mundo, manteve um nível alto durante todo o ano. Messi, Neymar e Robben correm por fora na disputa.

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Depois do título conquistado no Maracanã, Neuer recebeu o prêmio de melhor goleiro da Copa do Mundo. Além de ser excepcional embaixo das traves, ele demonstrou no Brasil uma incrível habilidade com os pés – chegou a ser comparado ao maior ídolo alemão, Franz Beckenbauer, por jogar adiantado, como um líbero na defesa alemã. Apesar disso, Neuer acredita que atacantes e meias levam vantagem na premiação da Fifa. “Depois dos jogos são mostrados os gols, as chances de gol, as assistências. O espectador não costuma se lembrar das defesas complicadas, em que corremos risco ou de como o goleiro armou bem o jogo.” Com dores no joelho, Neuer será desfalque da seleção alemã no amistoso que fecha o ano dos tetracampeões, nesta terça-feira, diante da Espanha, em Vigo.

Até hoje, o único goleiro a vencer a Bola de Ouro foi o soviético Lev Yashin. O ex-goleiro do Dínamo de Moscou, apelidado de Aranha Negra, levou o prêmio em 1963, quando era oferecido apenas pela revista France Football. Além dele, o único defensor a levar o prêmio foi o italiano Fabio Cannavaro, em 2006.

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