Muricy, após queda do São Paulo: ‘Maior injustiça que já vi’
Para técnico, eliminação nos pênaltis depois de ótima atuação foi ‘inexplicável’
A eliminação na semifinal da Copa Sul-Americana diante do Atlético Nacional deixou o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, sem explicações. Depois da queda nos pênaltis, após uma vitória por 1 a 0 no tempo regulamentar, o treinador disse que seu time foi injustiçado por não ter avançado à final da competição. “Futebol, às vezes, tem coisas que não dá para explicar. Tenho vinte e poucos anos como técnico, e essa foi a maior injustiça que já enfrentei no futebol. A maior! E olha que já tenho muitos jogos. Foi o melhor meio tempo do nosso ano todo”, disse, sobre as inúmeras chances criadas na segunda etapa. “Fizemos por merecer e não aconteceu.” Agora, o São Paulo tem de se contentar com a confirmação do vice-campeonato brasileiro, que virá com uma vitória no fim de semana, em casa, contra o Figueirense.
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Depois de um primeiro tempo morno, o time cresceu de produção na etapa final e chegou ao gol em cobrança de falta de Paulo Henrique Ganso. Precisava de mais um. Dominou o jogo, carimbou a trave e parou nas boas defesas do goleiro Franco Armani. Nos pênaltis, o time paulista caiu depois de desperdiçar duas tentativas, a primeira com Alan Kardec, que escorregou de forma desastrosa antes de chutar a bola para fora. “Foi infelicidade. É o melhor batedor do time, mas infelizmente escorregou. Acontece. Não sei se existe sorte ou não, mas nem deveria ter tido disputa de pênalti, porque criamos muito. Mas é isso: a gente não tem explicação”, concluiu, antes de elogiar o time. “Já falei no vestiário que eles podem ficar tristes, mas não de cabeça baixa, porque eles deixaram tudo que tinham de deixar no campo.”
A partida de quarta pode ter sido a última atuação internacional de Rogério Ceni. O goleiro foi o único jogador do São Paulo a anotar sua cobrança na disputa de pênaltis (além de Kardec, Rafael Toloi também errou). Ceni assistiu na tela de um notebook a vídeos das cobranças dos jogadores colombianos, mas não conseguiu agarrar nenhum disparo. Sem a chance de encerrar o ano com mais um título, ele só quis falar sobre o jogo, fugindo de qualquer comentário sobre sua possível aposentadoria. “É do jogo, mas a gente lamenta. Criamos muito no segundo tempo. A gente podia ter saído classificado no tempo normal. É um grupo que merecia um título, que reergueu o São Paulo. Só tenho a agradecer ao meu time, tenho orgulho de fazer parte de um time bacana como esse”, elogiou. Caso decida parar, Ceni tem apenas mais dois jogos na carreira, contra Figueirense e Sport.
(Com agência Gazeta Press)