Felipe Massa fará no domingo, no GP do Brasil de Fórmula 1, a sua última corrida pela Ferrari. Foi na pista do circuito de Interlagos que o brasileiro viveu muitas de suas maiores emoções, como em 2006, em seu ano de estreia pela escuderia italiana, ao vencer pela primeira vez em casa. Dois anos depois, voltou a vencer em São Paulo – sua última vitória – e por muito pouco viu o título mundial escapar e ficar com inglês Lewis Hamilton na última curva. “Não ganhei o título, mas ganhei a corrida e também consegui a pole. E também fiz a volta mais rápida da prova. Foi tudo perfeito naquele fim de semana, o que o tornou muito especial também. Gostaria de ser lembrado como um componente importante da equipe Ferrari.”
Contratado pela Williams em 2014, Massa encerrará um ciclo de oito anos pela equipe italiana e reconheceu nesta terça-feira, em entrevista ao site da Ferrari, que vai ser muito emocionante correr em Interlagos pela última vez como piloto da equipe. O brasileiro disse que ganhar a corrida em casa seria o mesmo que faturar um campeonato da Fórmula 1. “Ganhar aqui é uma sensação difícil de explicar. Quando ganhei em 2006, foi sem sombra de dúvidas a corrida mais incrível da minha vida. Usava um macacão com as cores amarela e verde de nossa bandeira e estar no lugar mais alto do pódio foi mais do que havia esperado em toda a minha vida. Para um brasileiro, ganhar esta corrida é como ganhar o Mundial. Foi a corrida mais emocionante da minha vida. Realmente a realização de um sonho.”
Além disso, Interlagos é considerado uma espécie de “quintal de casa” para Massa, que antes de se tornar piloto foi ao autódromo por anos como torcedor. “Somente correr no GP do Brasil é um sonho para todo piloto brasileiro. Minha carreira esportiva começou em Interlagos, onde corria em karts e também em outras categorias júnior. Antes disso, lembro de estar sentado nas arquibancadas enquanto criança, vendo Ayrton Senna, Nelson Piquet e inclusive o Rubens Barrichello. Você recebe tanta energia da torcida, de estar no circuito que mais quer, escutar a música nas arquibancadas, sentir todo esse apoio”, completou Massa, que após um acidente sofrido nos treinos do GP da Hungria – quando uma mola do carro de Rubens Barrichello acertou seu capacete -, não conseguiu repetir seus bons desempenhos e se tornou coadjuvante na Ferrari.