Jovens talentos e estreia de técnico: conheça o Equador, rival do Brasil
Seleção equatoriana não brilhou na Copa América, mas bons valores e trabalho de Beccacece podem virar a chave no duelo em Curitiba
O Brasil enfrenta o Equador, nesta sexta-feira, 6, às 22h (de Brasília), no Couto Pereira, em Curitiba, pela sétima rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Atualmente quinta colocada na disputa, uma posição à frente do adversário, a seleção equatoriana chega para o duelo tentando justificar a expectativa sobre a nova geração.
Repleto de jovens valores e com a recente contratação do técnico Sebastian Beccacece, La Tri quer se recuperar após uma Copa América sem brilhos. Na competição, o Equador, candidato a surpresa, caiu nas quartas de final, diante da Argentina, nos pênaltis.
O duelo também é um desafio à inferioridade histórica diante dos brasileiros. Ao todo, foram 35 jogos, com 27 vitórias da pentacampeã, seis empates e dois êxitos equatoriano. Jogando no Brasil, o Equador nunca venceu.
Chegada de Beccacece
Com a saída de Félix Sánchez, a Federação Equatoriana optou por uma promessa do futebol sudaca. O escolhido foi Sebastián Beccacece, que havia deixado recentemente o Elche, da Espanha, ao fim da temporada europeia.
O profissional de 43 anos já cobiçado por times brasileiros e tem experiência em comissão técnica no futebol de seleções, visto que foi auxiliar de Jorge Sampaoli no Chile e na Argentina. No entanto, como treinador, o Equador é seu palco de estreia.
Na função de figura principal da comissão, Beccacece passou por Universidad do Chile, Racing, Independiente, Defensa y Justicia e Elche. O seu único título é a Recopa Sul-Americana de 2021, sobre o Palmeiras.
Bons jovens
O Equador não é uma das potências da América do Sul. Por outro lado, a nova geração faz com que novos olhares sejam colocados sobre sua seleção.
Entre os convocados por Beccacece, os principais destaques são os garotos. Na defesa, o grande nome é Willian Pacho, zagueiro canhoto de 22 anos que trocou o Eintracht Frankfurt pelo PSG. Junto a ele, válida lembrança para Piero Hincapié, campeão alemão com o Bayer Leverkusen na última temporada.
O meio de campo conta com os principais nomes. Mais recuado, como volante, o principal jogador é Moisés Caicedo, titular absoluto do time, aos 22 anos. À frente, o armador é Kendry Páez, de apenas 17 anos, que atua pelo Independiente Del Valle e já está negociado com o Chelsea.
Como pode jogar o Equador?
Durante a última Copa América, a seleção equatoriana atuou em 4-2-3-1 (uma linha de quatro defensores, dois volantes, três meia-atacantes e um homem mais avançado). Os pilares foram ter Pacho como zagueiro, Hincapié na lateral esquerda, Caicedo como o centro do jogo e Páez na armação.
Mantida a base, a seleção equatoriana pode ter nova postura com Beccacece. O argentino é adepto de um jogo ofensivo, construído a partir do goleiro, com o uso da bola, e com velocidade no campo de ataque. Sem a posse, os times do técnico costumam pressionar rapidamente.
Desse modo, é possível imaginar que algumas estruturas sejam mantidas. Ainda assim, alguns bons pontos a serem observados já na partida contra o Brasil.
São eles: a função de Hincapié (zagueiro de bom passe que pode atuar na lateral), a postura de Caicedo (volante que se destacou em um Brighton que priorizava o jogo de passes) e as dinâmicas de ataque, tendo em vista os muitos meia-atacantes e a falta de um centroavante unanimidade.