Futebol brasileiro passou pela tão falada “espanholaização”?
O Brasil vai ficar igual a La Liga? Só existem duas forças no país? O futebol brasileiro conseguiu se distanciar de tudo isso
Nos últimos anos, tem-se falado bastante sobre a chamada “espanholaização” do futebol brasileiro. A teoria defende que o cenário futebolístico nacional estaria se encaminhando para uma concentração de poder entre duas equipes, como acontece na Espanha com Real Madrid e Barcelona. Mas será que isso realmente faz sentido?
Se formos analisar o contexto dessa tese, talvez ela tenha surgido durante a fase dominante do Corinthians sob o comando de Tite, logo após a supremacia do São Paulo de Muricy Ramalho. A ideia ganhou ainda mais força com o crescimento de Flamengo e Palmeiras nas temporadas recentes, moldando uma rivalidade acirrada.
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A espanholização no contexto atual
Apesar dessa tese, a realidade do futebol brasileiro prova o contrário. Embora Flamengo e Palmeiras tenham mostrado superioridade, outras equipes como São Paulo, Fluminense, Atlético Mineiro, Athletico Paranaense, Botafogo, Fortaleza e Bahia também têm alcançado grandes feitos.
Na verdade, o ciclo de altos e baixos é uma marca do futebol brasileiro. Times como Internacional, Cruzeiro, Corinthians e Santos estão enfrentando dificuldades, mas sempre há espaço para revitalizações. Por exemplo, o Cruzeiro parece estar retomando sua trajetória, apostando numa gestão que equilibra visão empresarial e paixão torcedora.
Os projetos no futebol brasileiro
O Brasil possui uma diversidade enorme de projetos futebolísticos. Temos desde modelos empresariais, como o do Red Bull Bragantino, até iniciativas pessoais e inovadoras como as de Athletico Paranaense, Cuiabá e Atlético Goianiense. E não podemos esquecer as Sociedades Anônimas de Futebol.
Aqui estão alguns exemplos:
- O Fortaleza aposta numa gestão própria de SAF.
- O Bahia faz parte do poderoso Grupo City.
- O Botafogo pertence a uma holding internacional.
- O Vasco, embora em dificuldades, também se encontra nesse contexto.
Enquanto isso, Flamengo e Palmeiras continuam a arrecadar fortunas com seus modelos de gestão sem fins lucrativos. Já São Paulo e Fluminense estão se recusando a ficar para trás, reposicionando-se de acordo com os padrões vigentes.
Atualidades e surpresas no futebol brasileiro
Além dos tradicionais gigantes, o futebol brasileiro também apresenta surpresas agradáveis. Um exemplo recente é o Juventude, que mostra força em sua busca pela segunda Copa do Brasil.
Na Série B, as disputas também são emocionantes. Santos enfrenta rivais inovadores e tradicionais como o Novorizontino, Mirassol, Vila Nova, América, Avaí, Goiás, Ceará e Sport, mostrando que o futebol brasileiro está longe de uma concentração restritiva de poder.
Contexto das Copas e Torneios Nacionais
No tocante às copas e campeonatos nacionais, o Palmeiras continua firme na busca pelo tricampeonato brasileiro, enquanto o Flamengo mantém seu foco em múltiplas frentes, juntamente com o São Paulo e o Atlético Mineiro, que ainda vislumbram esperança nas Copas. Fortalezas e Bahia também se destacam como potências indiscutíveis no cenário nacional.
Para resumir, a tese da espanholização não se concretizou no Brasil. O futebol brasileiro continua a ser um campo dinâmico e cheio de surpresas, com vários times disputando as primeiras posições e conquistando títulos importantíssimos.
Assim, mesmo com a destacada rivalidade entre Flamengo e Palmeiras, é evidente que o futebol brasileiro preserva sua pluralidade e competitividade, rejeitando a ideia de concentração exclusiva de poder. A cada temporada, o imponderável mantém viva a paixão do torcedor brasileiro.
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