Com grandes performances esportivas, o Rio de Janeiro entregou ao mundo uma grande Olimpíada; Que saudades!
Em outubro de 2009, a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida
para sediar a XXXI edição dos Jogos Olímpicos.
O Brasil vivia um momento de muita esperança, iria após a
Alemanha na década de setenta, sediar a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos
Olímpicos em 2016.
Nossa economia prosperava e erámos a quinta economia do
mundo.
Nestes sete anos, muita coisa mudou no país e na cidade do
Rio de Janeiro. Nossa economia entrou em depressão e no sistema político está
em crise.
E chegamos ao dia 5 de agosto, dia da cerimônia de abertura
com uma grande dúvida. Qual seria a Olimpíada que o Rio iria realizar?
Hoje, após o carnaval no encerramento vou fazer a minha
análise.
Houve problemas durante a realização dos Jogos:
Vários lugares vazios na maioria das competições; a água da
piscina de saltos ornamentais ficou verde; nas lixeiras não havia separação do
lixo reciclável e do não reciclável; o metro parava de funcionar antes do
encerramento das competições e o comportamento não olímpico de parte da
torcida.
Mas, os acertos compensaram:
O conjunto das instalações é o melhor que conheci; a
receptividade e o calor humano do carioca; o Exército e da Força Nacional garantiram
a segurança; o belíssimo parque olímpico (comparável apenas ao parque olímpico de
Sydney em 2000); a confortável Vila Olímpica e os voluntários.
E acima de tudo, com o esplendor de Phelps e Bolt, a parte
atlética foi exuberante. O Rio 2016 vai entra para história com as performances
de:
·
Michael
Phelps (Estados Unidos) ganhou cinco medalhas de ouro e uma de prata e se
consolidou como o maior atleta olímpico de todos os tempos.
Ao
vencer sua 13ª medalha de ouro, Phelps superou Leônidas de Rodes que competiu
nos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga de 164 a 152 a.C.
·
Usain
Bolt (Jamaica) nove vezes campeão olímpico, único atleta que nunca perdeu uma
final olímpica.
·
Katie
Ledecky (Estados Unidos) a nova sensação das piscinas, quatro ouro e uma prata.
·
Mo
Farah (Grã-Bretanha) que igualou a marca de Lasse Viren realizado em 1972 e
1976, bicampeão dos 5000 e 10000 metros.
·
Simone
Biles (Estados Unidos) estrela ascendente da ginástica um erro na prova da
trave de equilíbrio rendeu apenas o bronze, nas outras quatro competições,
quatro ouros.
·
Kaori Icho (Japão) única mulher tetra campeã
olímpica em um evento individual, a luta livre até 58 kg.
·
Serginho
(Brasil) maior medalhista olímpico do Brasil em esportes coletivos, duas
medalhas de ouro e duas de prata.
·
Neymar
(Brasil) comandou a seleção brasileira de futebol na conquista do inédito
título olímpico.
·
Isaquias
Queiroz (Brasil) primeiro atleta do Brasil a conquistar três medalhas em uma
Olimpíada.
Chamou a minha atenção o interesse que os Jogos despertaram
nas crianças. Havia sempre muitas pequenos nas competições e na Vila Olímpica.
A utilização das instalações esportivas para a massificação
esportiva mais a manutenção dos programas de apoio ao alto rendimento podem transformar
o Brasil entre as dez nações com mais medalhas nos próximos Jogos, fato que não
ocorreu no Rio.
Para encerrar um sincero agradecimento a Revista Placar a
oportunidade de cobrir os Jogos e de escrever o Diário.
Amanhã estarei de DPO – Depressão Pós Olimpíadas, mas dia 7
de setembro começa o outro grande espetáculo de esporte e de vida, os Jogos
Paralímpicos.
Quadro Final de Medalhas (cinco primeiros e
o Brasil)
|
|
Ouro |
Prata |
Bronze |
Total |
1° |
Estados |
46 |
37 |
38 |
121 |
2° |
Grã-Bretanha |
27 |
23 |
17 |
67 |
3° |
China |
26 |
18 |
26 |
70 |
4° |
Rússia |
19 |
18 |
19 |
56 |
5° |
Alemanha |
17 |
10 |
15 |
42 |
13° |
Brasil |
7 |
6 |
6 |
19 |