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Estêvão exclusivo à PLACAR: ‘Gosto de ser chamado de craque’

Joia de 17 anos do Palmeiras, já negociada com o Chelsea, concedeu sua primeira longa entrevista da carreira; confira um trecho

Estêvão carrega aos 17 anos comparações de peso. Antes até de chegar aos profissionais, a joia do Palmeiras já era conhecida por “Messinho”, apelido que ganhou por caracteríticas de jogo semelhantes ao craque argentino. Neste Brasileirão, tem o início comparado ao de Neymar em seu primeiro ano como profissional. Em entrevista exclusiva à edição de outubro de PLACAR, o atacante afirmou gostar de ser chamado de craque e falou sobre os planos ambiciosos: estar na próxima Copa e vencer a eleição para melhor jogador do mundo.

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Revista PLACAR: história, onde comprar e mais perguntas frequentes

“Está tranquilo. É um reconhecimento legal [ser chamado de craque], eu gosto”, iniciou dizendo no papo de quase uma hora, que estará disponível na íntegra nesta sexta-feira, 11, no canal de YouTube de PLACAR. Apesar do estilo pacato e o perfil antiboleiro, ele esbanjou confiança sobre o futuro:

“Isso [de autoconfiança] devo mais ao meu pai. Ele é uma pessoa que está sempre com você, mas que nem sempre vai só te apoiar, nem sempre vai abrir os braços… também vai cobrar o máximo. Não só o meu pai, como toda a minha família. E acho que isso de evoluir cada vez mais vem muito disso. Sei do meu potencial, sei que posso fazer mais ainda e, claro, que vamos buscando devagarinho. Acho que tenho potencial para ser o melhor de mim. E o melhor de mim, se Deus quiser, é estar na Copa do Mundo e ser o melhor do mundo. Acho que isso depende muito de mim”, completou.

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As comparações com Messi, porém, ele dispensa. Apesar de ter o jogador argentino eleito por oito vezes o Bola de Ouro como sua maior referência, pelo que faz dentro e fora de campo, espera ser conhecido só pelo próprio nome: “melhor me chamar de Estêvão Willian mesmo”, brinca.

“Não fui nem eu quem criou isso [de Messinho], foi a mídia. E é algo que eu não gostava para ser sincero. Uma coisa que tento é ser eu. Eu sou o Estêvão, estou construindo a minha carreira, o meu futebol e a minha história. Fico muito feliz pelo reconhecimento, mas é uma coisa que eu não gostava. Estou tentando me desvincular disso cada vez mais. Já desvinculou bastante e espero que isso acabe de vez”, explicou.

Na entrevista, o jogador também explicou sua obstinação por melhora constante de desempenho. Na competição nacional, ele é o líder em participação em gols: nove bolas na rede e sete assistência, um total de 16 dos 46 feitos pelo Verdão no torneio.

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Estêvão: feição de garoto, mas futebol de gente grande - Alexandre Battibugli/Placar
Estêvão: feição de garoto, mas futebol de gente grande – Alexandre Battibugli/Placar

“Eu sempre trabalhei bastante, treinava muito com o meu pai e nos clubes. E isso foi acontecendo naturalmente, só fui praticando o meu futebol. Foquei ali e consegui ser superior”, afirmou.

“Acho [que tenho melhorado] mais nas tomadas de decisão. Saber a hora de dar um passe, a hora de driblar… antes eu queria driblar mais e os adversários acabavam sendo mais fortes, ganhando no corpo e por ser mais fraco perdia na força. Agora, estou tentando mais discernimento de ir, de não ir. De driblar, de não driblar. Acho que foi uma parte que agregou bastante ao meu futebol”, acrescentou.

Estêvão também analisou sobre as dificuldades que enfrentará para se manter no topo: “Acho que se manter no topo, se manter bem e continuar bem é uma das partes mais difíceis que tem porque se você tiver um declínio, errar uma coisinha já acaba baixando bastante. Acho que treinar todos os dias, as vezes não está querendo treinar, acorda mal sabendo que tem que dar o máximo no treino acaba sendo difícill, mas quem sonhou estar no topo não deixa isso cair”

Estêvão e os repórteres Klaus Richmond e André Avelar nos estúdios de Placar TV - Alexandre Battibugli/Placar
Estêvão e os repórteres Klaus Richmond e André Avelar nos estúdios de Placar TV – Alexandre Battibugli/Placar

Na matéria de dez páginas da revista, Estêvão fala sobre tudo: o preço pelo sucesso precoce, os hábitos de uma jovem estrela de 17 anos, a relação com a família nascida em Franca (SP), o cuidado com redes sociais, e o perfil na contramão dos boleiros.

O camisa 41 palmeirense também revelou os sonhos que ainda têm pelo clube paulista até julho de 2025, os conselhos que recebe de Abel Ferreira, a escolha pelo Chelsea, a primeira experiência na seleção principal, além dos ambiciosos planos de ganhar a próxima Copa e se tornar um dia o Bola de Ouro. Ele só pede: “Não me chamem de Messinho”.

A versão impressa está disponível em nossa loja oficial no Mercado Livre e chega às bancas de todo o país a partir do próximo sábado, 12, com diversas outras atrações, incluindo entrevistas com outras estrelas: Pablo Vegetti, do Vasco, e Lucas Moura, do São Paulo.

Estêvão. a joia palmeirense, é o destaque da edição 1516 - Reprodução/Placar
Estêvão. a joia palmeirense, é o destaque da edição 1516 – Reprodução/Placar
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