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Dunga acha que já pavimentou caminho para voltar ao topo

Com seis vitórias em seis jogos, técnico fecha ano fazendo balanço positivo de seu retorno à seleção – e diz que seus métodos de trabalho recuperaram o time

“Hoje eu sou melhor do que ontem. A pessoa vai se aprimorando, aprendendo com os outros. Mas além de aprender, tem de colocar em prática, que é o mais difícil, nem todo mundo consegue”

Para uma equipe que viveu o maior trauma de sua história há apenas alguns meses, vencer uma série de amistosos não chega a ser um grande alento. Mas o técnico Dunga enxerga motivos para se empolgar com o desempenho da seleção brasileira desde que ele retornou ao cargo, depois da Copa do Mundo. Com seis vitórias em seis jogos, catorze gols marcados e só um sofrido, o time de Dunga encerrou a temporada amenizando um pouco a impressão negativa deixada pela participação no Mundial em casa. Depois do triunfo por 2 a 1 sobre a Áustria, no último compromisso do ano, em Viena, o treinador se mostrou satisfeito com o que viu – e fez questão de destacar seus próprios méritos na missão de recuperação do time. “Os resultados já demonstram o valor do trabalho realizado até este momento. Fizemos jogos difíceis. Talvez tenham escapado alguns detalhes, mas o mais importante é que os jogadores entenderam a forma de trabalhar. Cada um vem fazendo seu melhor.”

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Dunga deixou de lado a modéstia ao comentar o impacto da troca de comando na seleção: “A forma como trabalhamos ajuda, sem dúvida, já que passa confiança aos jogadores que estiveram na Copa e também traz outros, com sangue novo, que não estiveram no Mundial. Cada um está buscando seu espaço e respeitando o outro. Temos como critérios a meritocracia, a competência. Joga quem estiver no melhor momento. Isso fez com que o nível dos treinamentos e dos jogos melhorasse bastante”, avaliou, orgulhoso. Ao suceder Luiz Felipe Scolari, Dunga decidiu manter jogadores como David Luiz, Oscar, Luiz Gustavo, Fernandinho e Neymar, mas vem chamando também quem não teve a chance de disputar o Mundial, como Miranda, Danilo e Filipe Luis, todos já considerados titulares. O gol marcado por Roberto Firmino na vitória sobre a Áustria fortaleceu outro aspecto muito valorizado pelo técnico: a abertura a novos valores que podem reconduzir a seleção ao topo do futebol internacional.

De acordo com Dunga, essa vontade de conquistar espaço melhorou até o desempenho dos atletas nos treinos. “Meus problemas aumentaram”, brincou, em referência à disputa pelas vagas no time. “Mas é bom ter um leque maior de jogadores. É bom até para o futebol brasileiro, que não tem parada nas datas Fifa. Assim não ficamos sacrificando os clubes”, lembrou, já que não conseguiu convocar os atletas de clubes nacionais por causa da reta final das competições do país. “Em cada treino e a cada dia na seleção, minha cabeça tem mais preocupações boas, e não ruins”, completou o técnico, numa rara demonstração de bom humor. De volta ao cargo quatro anos depois de sua primeira passagem pelo time (2006-2010), Dunga também fez uma avaliação positiva de seu retorno. “Melhoramos a cada dia. Hoje eu sou melhor do que ontem. A pessoa vai se aprimorando, aprendendo com os outros. Mas além de aprender, tem de colocar em prática, que é o mais difícil, nem todo mundo consegue.”

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(Com agência Gazeta Press)

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