Clube mineiro estampará em seus uniformes dados assustadores para combater a violência contra as mulheres e desigualdade
Nada de nome das mães dos jogadores ou frases de efeito. Neste Dia Internacional da Mulher, o Cruzeiro optou por ir direto à raiz dos problemas como violência contra as mulheres e a desigualdade entre gêneros. Diante do Murici, de Alagoas, pela terceira fase da Copa do Brasil, o clube mineiro estampará em seu uniforme nesta quarta-feira dados assustadores como “a cada 2 horas, uma mulher é morta no país” ou “não há vereadoras em 23% dos municípios brasileiros.”
O número de camisa de cada jogador se tornará uma estatística. Os dados foram colhidos pela ONG Azminas. “Em pleno século XXI, não é tolerável ver as mulheres sofrerem atos de violência e discriminação. Com esta ação, nos juntamos a todos que combatem as desigualdades contra pessoas do sexo feminino”, comentou Gilvan de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro.
Marcone Barbosa, diretor de marketing da clube, diz que a iniciativa também servirá como terreno de conscientização de importantes questões como a depressão pós-parto. “O Dia Internacional da Mulher não é um momento apenas de trazer à tona toda a característica de desigualdade que ainda existe no Brasil e no mundo, mas também é um momento de conscientização de outros aspectos relacionados à mulher. Alguns dos números que vamos destacar têm a ver com o cuidado da mulher com a saúde, com o próprio corpo.”
As camisas trarão as seguintes frases: