O Corinthians, um dos clubes de futebol mais populares do Brasil, está buscando soluções para lidar com suas crescentes dificuldades financeiras. Recentemente, uma proposta foi encaminhada à Justiça de São Paulo para a implementação de um Regime Centralizado de Execuções (RCE), focando em organizar e liquidar suas dívidas, que somam R$ 367 milhões com empresários, fornecedores e atletas, excluindo dívidas tributárias e empréstimos para a Neo Química Arena.

O clube enfrenta uma situação de dívida alarmante, com passivos que incluem R$ 817 milhões em tributos e R$ 677 milhões do financiamento do estádio com a Caixa Econômica Federal. Para abordar essas questões financeiras, o Corinthians sugere a alocação mensal de 4% de suas receitas recorrentes para o pagamento dos credores relacionados ao RCE, com o objetivo de estabilizar suas operações.

Corinthians em vitória contra o Noroeste. Foto: Rodrigo Coca/ Agência Corinthians
Corinthians em vitória contra o Noroeste. Foto: Rodrigo Coca/ Agência Corinthians

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Como o Corinthians pretende reorganizar suas finanças?

Como parte da estratégia de contenção financeira, o Corinthians planeja designar parte dos recursos derivados de direitos de TV, patrocínios e receitas não relacionadas à venda de jogadores para o serviço da dívida. A prática proposta inclui, também, usar 5% dos valores obtidos com a transferência de jogadores para leilões reversos, onde credores podem ofertar descontos para priorizar seus recebimentos.

Com a intenção de quitar cerca de 60% da dívida em seis anos, a dívida estará sujeita a correção pela inflação, seguindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso garante que o montante devido permaneça constante em termos reais, ao longo do tempo.