Corinthians monta plano para pagar dívida em 10 anos, entenda
Corinthians propõe Regime Centralizado de Execuções para quitar dívidas de R$ 367 milhões
O Corinthians, um dos clubes de futebol mais populares do Brasil, está buscando soluções para lidar com suas crescentes dificuldades financeiras. Recentemente, uma proposta foi encaminhada à Justiça de São Paulo para a implementação de um Regime Centralizado de Execuções (RCE), focando em organizar e liquidar suas dívidas, que somam R$ 367 milhões com empresários, fornecedores e atletas, excluindo dívidas tributárias e empréstimos para a Neo Química Arena.
O clube enfrenta uma situação de dívida alarmante, com passivos que incluem R$ 817 milhões em tributos e R$ 677 milhões do financiamento do estádio com a Caixa Econômica Federal. Para abordar essas questões financeiras, o Corinthians sugere a alocação mensal de 4% de suas receitas recorrentes para o pagamento dos credores relacionados ao RCE, com o objetivo de estabilizar suas operações.
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Como o Corinthians pretende reorganizar suas finanças?
Como parte da estratégia de contenção financeira, o Corinthians planeja designar parte dos recursos derivados de direitos de TV, patrocínios e receitas não relacionadas à venda de jogadores para o serviço da dívida. A prática proposta inclui, também, usar 5% dos valores obtidos com a transferência de jogadores para leilões reversos, onde credores podem ofertar descontos para priorizar seus recebimentos.
Com a intenção de quitar cerca de 60% da dívida em seis anos, a dívida estará sujeita a correção pela inflação, seguindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso garante que o montante devido permaneça constante em termos reais, ao longo do tempo.
Quais são os benefícios para credores e como estão organizadas as prioridades de pagamento?
No contexto de organização da dívida, algumas partes interessadas terão prioridade no recebimento, especificamente idosos, pessoas com doenças graves e credores com quantias abaixo de 60 salários-mínimos. Credores que continuam fornecendo serviços ao clube após o pedido do RCE, conhecidos como “credores parceiros”, receberão 50% das parcelas distribuídas do plano, recompensando sua lealdade.
- Idosos e pessoas com doenças graves
- Credores com menos de 60 salários-mínimos a receber
- Credores parceiros ativos
Quais são as expectativas do Corinthians com a implementação do RCE?
A aprovação e implementação do RCE é crucial para o Corinthians. O regime é visto como um passo essencial para eliminar bloqueios financeiros que vêm impactando as contas do clube. Com maior controle sobre suas despesas e previsibilidade financeira, o clube espera iniciar um processo de recuperação e reestruturação enquanto mantém suas operações e compromissos.
Ainda há a necessidade de aprovação judicial para que essa proposta entre em vigor, mas o clube acredita que o RCE permitirá um processo mais organizado e sustentável de recuperação financeira.