CBF: ‘Anvisa poderia ter exercido sua atividade de forma mais adequada’
Entidade diz que lamenta profundamente os fatos ocorridos e que defende a implementação dos mais rigorosos protocolos sanitários
Após a suspensão da partida entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou uma nota oficial, na noite deste domingo, 5, em que lamenta os fatos ocorridos e critica a ação da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa).
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“A CBF defende a implementação dos mais rigorosos protocolos sanitários e os cumpre na sua integralidade. Porém ressalta que ficou absolutamente surpresa com o momento em que a ação da Agência Nacional da Vigilância Sanitária ocorreu, com a partida já tendo sido iniciada, visto que a Anvisa poderia ter exercido sua atividade de forma muito mais adequada nos vários momentos e dias anteriores ao jogo”, diz.
Além disso, a entidade disse que em nenhum momento Ednaldo Rodrigues, presidente interino da CBF, ou seus dirigentes interferiram em qualquer ponto relativo ao protocolo sanitário estabelecido pelas autoridades brasileiras para a entrada de pessoas no país.
“O papel da CBF foi sempre na tentativa de promover o entendimento entre as entidades envolvidas para que os protocolos sanitários pudessem ser cumpridos a contento e o jogo fosse realizado”, escreve, em nota.
“A CBF reitera sua decepção com os acontecimentos e aguarda a decisão da Conmebol e da Fifa em relação à partida”, completa.
FIFA can confirm that following a decision by the match officials, the FIFA World Cup 2022 qualifying match Brazil vs. Argentina has been suspended. Further details will follow in due course.
— FIFA Media (@fifamedia) September 5, 2021
Em nota oficial, a Anvisa disse que a ação se limitou a buscar o cumprimento das leis brasileiras, o que se limitaria à segregação dos jogadores e as suas respectivas autuações.
“A decisão de interromper o jogo nunca esteve na alçada de atuação da Agência. Contudo, a escalação de jogadores que descumpriram as leis brasileiras e as normas sanitárias do país, e ainda que prestaram informações falsas às autoridades, essa assim, sim, exigiu a atuação da Agência de estado, a tempo e a modo”, escreve.