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Cartola paraguaio recebeu propina por torneios da Conmebol por 15 anos, diz jornal

Ainda em liberdade, Nicolás Leoz, de 86 anos, presidiu a entidade de 1986 a 2013

O ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, um dos 14 indiciados pela Justiça dos Estados Unidos, é acusado de receber propina de uma empresa de marketing esportivo durante 15 anos, em contratos referentes aos torneios organizados pela entidade. Esta empresa, citada no relatório do Departamento de Justiça como “Sports Marketing Company A”, é a International Soccer Marketing, com sede em Nova Jersey, parceira da Conmebol, de acordo com o jornal americano New York Daily News.

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Os acordos entre ISM e Conmebol sairiam apenas por conta dos subornos pagos a Nicolás Leoz. A empresa de marketing recebeu mais de 100 milhões de dólares (cerca de 310 milhões de reais) de patrocinadores que compraram os “naming rights” de competições sul-americanas, como Toyota, Santander e Bridgestone. O controlador da ISM, segundo o diário, é Zorana Danis. Ele seria o “Coconspirador #5”, coautor de Chuck Blazer, cartola americano e ex-executivo da Fifa que agora coopera com o FBI.

A acusação é que Leoz cobrou milhões em subornos ao longo dos anos para manter a ISM como o agente de marketing exclusivo para Conmebol. Leoz presidiu a entidade de 1986 até renunciar em abril de 2013. “A partir do início de 2000, o réu Nicolás Leoz em vários momentos solicitou subornos e propina do coconspirador #5 em troca de seu apoio ao agente de marketing exclusivo para direitos de patrocínio à Copa Libertadores”, diz a acusação do Departamento de Justiça.

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Leoz teria especificado vários meios para Zorana Danis fazer os pagamentos, incluindo transferências diretas a contas bancárias controladas pelo então presidente da Conmebol. Ainda houve desvio de fundos direcionados à entidade e pagamentos extracontratuais. Danis foi poupado de acusações, mas o status coconspirador o define como testemunha-chave do governo dos EUA contra Leoz.

(Com agência Gazeta Press)

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