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Carrasco do Brasil, Di María volta ao Maracanã como arma de Scaloni

Treinador argentino faz mistério, mas preservou o veterano atacante, acostumado a brilhar em decisões, para o duelo de terça-feira pelas Eliminatórias

Por Luiz Felipe Castro |
Di María brilhou com toque sutil no Maracanã há dois anos - Sebastiao Moreira/EFE

Di María brilhou com toque sutil no Maracanã há dois anos - Sebastiao Moreira/EFE

Naquele 10 de julho de 2021, aos 22 minutos da primeira etapa, ele se aproveitou de uma bobeada de Renan Lodi para, com um toque de extrema categoria, encobrir o goleiro Ederson e marcar para sempre o seu nome na história do futebol argentino. O gol de Ángel Di María que garantiu o título da Copa América de 2021 sobre a seleção brasileira, no Maracanã, desentalou da garganta dos hermanos uma seca de 28 anos sem um mísero título. Celebrada efusivamente, a taça continental tirou o peso nas costas da equipe que, no ano seguinte, conquistaria a glória máxima, a Copa do Mundo do Catar, novamente com gol do atacante canhoto, o coadjuvante fundamental de era Lionel Messi, diante da França. Aos 35 anos, Di María já não é mais titular absoluto e tem data marcada para se aposentar da seleção argentina. Mas na volta  ao Rio de Janeiro, os campeões do mundo têm no veterano uma de suas principais armas.

Di María foi preservado e entrou no começo da segunda etapa na derrota por 2 a 0 para o Uruguai, na última rodada, na Bombonera. Diante do Brasil, na próxima terça-feira, 21, a expectativa é que “Fideo”, como é apelidado pelos argentinos (um tipo fino de macarrão, uma alusão à sua magreza), entre na vaga que era de Nicolás González. O técnico Lionel Scaloni mantém o mistério e ainda pode realizar outra mudança no ataque: Lautaro Martínez no lugar de Julián Álvarez).

Entrar novamente em campo no Maracanã será especial para Di María, que tem a conquista da Copa América tatuada em sua perna. De volta ao Benfica, primeiro clube pelo qual brilhou na Europa, o jogador revelado pelo Rosário Central e com passagens por gigantes como Real Madrid, Manchester United, PSG e Juventus, vem mantendo o alto nível em Portugal. São sets gols e três assistências em 17 jogos, marcas que o credenciam a seguir na seleção. Di María, porém, já decidiu: se aposentará da equipe na próxima Copa América, nos Estados Unidos, em 2024.

“A decisão está tomada. A Copa América será a minha última grande competição. Estas decisões são complicadas e difíceis de tomar, mas há uma nova geração a aparecer. Eu sei que poderia continuar a jogar na seleção, mas não quero tirar espaço aos mais novos e que têm grande potencial. Este é o momento certo para eu dar o passo ao lado”, afirmou, em entrevista ao canal Talks at Google nesta semana, o jogador, que desde jovem convive com problemas físicos, como o que o tirou da final da Copa do Mundo de 2014, uma derrota por 1 a 0 para a Alemanha, no mesmo Maracanã.

Decisivo: Di María marcou gols em títulos de Olimpíada, Copa América e Mundial –

Havia a possibilidade de Di María reencontrar a principal vítima de seu gol, o lateral Renan Lodi, que ficou marcado pela falha, não foi à Copa do Mundo, mas retornou recentemente sob o comando de Fernando Diniz. O jogador brasileiro, no entanto, foi mal na derrota para a Colômbia na última rodada, e deve perder a vaga para Carlos Augusto.

Brasil e Argentina realizam seus últimos treinos preparatórios nesta segunda-feira, na Granja Comary e em Ezeiza, respectivamente. Os campeões do mundo viajam ao Rio de Janeiro no fim da tarde. O provável último jogo de Messi e Di María em solo brasileiro terá casa cheia (os 60.000 ingressos colocados à venda já foram esgotados) e hora de início marcada para às 21h30 (de Brasília), na terça, 21. Após cinco rodadas, a Argentina lidera as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2026 com 12 pontos, seguida por Uruguai (10) e Colômbia (9). O Brasil, com 7 pontos, é o quinto colocado.

Prováveis escalações: 

Brasil: Alisson; Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Carlos Augusto; André e Bruno Guimarães; Martinelli, Gabriel Jesus, Rodrygo e Raphinha.

Argentina: Emiliano Martínez; Nahuel Molina, Cristian Romero, Nicolás Otamendi e Nicolás Tagliafico; Rodrigo De Paul, Alexis Mac Allister e Enzo Fernández; Lionel Messi, Lautaro Martínez (Julián Álvarez) e Ángel Di María (Nicolás González).

 

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