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Capello faz duras críticas a Guardiola: ‘Essa arrogância custou várias Champions’

Em entrevista ao El Mundo, italiano apontou protagonismo excessivo do técnico do Manchester City e o culpou por mudanças no estilo de jogo

Em entrevista ao jornal El Mundo, o ex-treinador Fabio Capello não poupou críticas a Pep Guardiola ao analisar sua influência no futebol. O italiano reconheceu o impacto do espanhol no esporte, mas afirmou que sua obsessão pela posse de bola prejudicou a evolução do jogo.

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Capello colocou Guardiola ao lado de Johan Cruyff e Arrigo Sacchi como grandes revolucionários táticos, mas relembrou um episódio marcante da época em que o atual técnico do Manchester City jogava pela Roma. “Ele veio me dizer como eu deveria fazer meu trabalho, e eu respondi: ‘Vai correr e depois falamos”, contou.

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O ex-comandante do Real Madrid, também apontou que Guardiola comprometeu campanhas de seus times na Champions League ao tentar inovar demais em momentos decisivos. “Sabem aquilo de que não gosto em Guardiola? A sua arrogância. A Champions League que ele venceu no Manchester City foi a única em que não tentou fazer algo de estranho nos jogos decisivos. Nos outros anos, ele sempre quis ser o protagonista, mudando coisas para provar que vencia por mérito próprio, não pelos jogadores. Essa arrogância custou várias Champions a ele”.

Além das críticas individuais, Capello também destacou o impacto negativo da filosofia de Guardiola no futebol europeu, especialmente na Itália. “Passamos dez anos tentando copiá-lo, e isso destruiu nosso futebol. Criou-se a ideia absurda de que jogar bem era apenas tocar a bola sem parar. Agora, até os goleiros precisam sair jogando. Um desastre e, pior, um tédio! Espantaram muita gente do futebol”.

Segundo o ex-comandante, a posse de bola excessiva tornou o jogo previsível e menos intenso, diluindo o tradicional modelo defensivo e objetivo do futebol italiano em tentativas frustradas de imitar o Barcelona de Guardiola.

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Capello concluiu dizendo que acredita que o futebol está passando por uma transformação positiva, se afastando desse estilo. “Felizmente, o jogo está mudando. A Espanha mostrou isso na última Eurocopa, vencendo com pontas rápidos e um jogo mais direto. O futebol precisa ser dinâmico, intenso”.

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