Brasil vence o México nos pênaltis e vai em busca do bi no futebol
Seleção chegou à decisão com brilho do goleiro Santos após empate em 0 a 0 no tempo regulamentar; adversário será a Espanha, no sábado, 7, às 8h30
Em um jogo tenso e complicado, como previsto, envolvendo os dois últimos campeões da competição, a seleção brasileira masculina de futebol chegou à sua terceira final olímpica consecutiva ao bater o México nos pênaltis, após empate sem gols no tempo regulamentar, no Estádio de Kashima, pela semifinal dos Jogos de Tóquio.
O adversário na decisão do próximo sábado, 7, às 8h30, em Yokohama, será a Espanha, que venceu o Japão já nos minutos finais da prorrogação com um gol marcado pelo atacante Marco Asensio. A decisão do bronze, entre japoneses e mexicanos, acontece um dia antes, às 8h, em Saitama.
Na reedição da final de Londres-2012, vencida pelo México, o Brasil entrou desfalcado de seu camisa 9, Matheus Cunha, que se lesionou na última partida, diante do Egito, na qual marcou o gol da vitória. Ele foi substituído por Paulinho do Bayer Leverkusen, que teve atuação apagada na primeira etapa.
A seleção brasileira foi melhor, teve o controle da posse de bola e criou duas boas chances no início com Antony e Gabriel Arana, mas parou no goleiro Guillermo Ochoa. O veterano arqueiro de 36 anos, protagonista de uma memorável atuação diante do Brasil no empate em 0 a 0 na Copa do Mundo de 2014, voltou a se destacar. Primeiro, defendeu cobrança de falta de Daniel Alves.
Aos 27 minutos, Douglas Luiz invadiu a área e caiu após dividida com Esquivel. A arbitragem assinalou pênalti, mas depois anulou a marcação com o auxílio do árbitro assistente de vídeo (VAR). Nos minutos finais, o México pressionou em bolas cruzadas e em um chute de Romo muito bem defendido pelo goleiro Santos.
O jogo perdeu ritmo na segunda etapa. A boa seleção mexicana, liderada pelo meia canhoto Diego Lainez, que até então encantou com futebol ofensivo, desta vez se postou mais na defesa e dificultou as ações do Brasil. A partida também foi ficando violenta: Antony, Reinier, Bruno Guimarães e Diego Carlos receberam cartão amarelo pelo Brasil, e Lainez, Moroña e Montes, pelo México.
As entradas de Reinier e Gabriel Martinelli mexeram um pouco com o jogo e o Brasil chegou perto da vitória no tempo regulamentar com cabeçada de Richarlison, artilheiro da competição com cinco gols, que explodiu na trave de Ochoa. O placar se manteve inalterado e o jogo foi para a prorrogação. Malcom entrou no lugar de Antony, mas não conseguiu repetir as boas atuações de outras partidas. Já na segunda etapa da prorrogação, Lainez assustou o Brasil com uma arrancada e pediu pênalti, não assinalado pela arbitragem.
Nos pênaltis, Daniel Alves marcou o primeiro e Santos defendeu a cobrança de Aguirre. Gabriel Martinelli abriu vantagem e Vásquez chutou na trave, deixando o Brasil em situação confortável. Os gols de Bruno Guimarães e Reinier, então, recolocaram o Brasil na decisão.