Arbitragem rouba a cena em clássicos de SP e RJ
Corinthians e São Paulo reclamaram de jogadas envolvendo Wellington Nem. No DF, pênalti absurdo deu empate ao Vasco contra o Flamengo
Mais uma vez, a arbitragem foi protagonista de dois grandes clássicos do futebol nacional neste domingo. No Morumbi, São Paulo e Corinthians empataram em 1 a 1, pelo Campeonato Paulista, e deixaram o campo insatisfeitos com decisões do árbitro Vinícius Furlan em jogadas envolvendo o são-paulino Wellington Nem. Em Brasília, Flamengo e Vasco ficaram no 2 a 2, em jogo do Campeonato Carioca em que o árbitro Luis Antonio Silva dos Santos “simulou” uma agressão de Luis Fabiano antes de expulsá-lo e, no fim, marcou um pênalti absurdo para a equipe vascaína.
No clássico paulista, quem deixou o gramado cercando a arbitragem foi o São Paulo, ainda que o Corinthians tenha tido mais motivos para protestar. No primeiro tempo, o árbitro Vinícius Furlan “perdoou” uma solada de Cícero no joelho de Jadson apenas com o cartão amarelo. Na segunda etapa, o juiz perdeu o controle do jogo quando Wellington Nem matou contra-ataque puxado por Léo Jabá com uma violenta tesoura. (Mal) auxiliado pelo bandeira Anderson Moraes Coelho, o árbitro apenas deu cartão amarelo a Nem, causando revolta nos jogadores do Corinthians.
Na sequência, o árbitro também deixou tricolores insatisfeitos ao não punir o zagueiro Pablo, que já tinha cartão amarelo por protestar na jogada de Nem, com um segundo cartão após carrinho na entrada da área. Wellington Nem ainda correu grande risco de ser expulso ao dar uma solada na canela de Guilherme Arana, mas só viu o cartão vermelho justamente numa jogada em que nada fez: já nos minutos finais, ele abriu o braço e o juiz viu uma agressão de atacante do São Paulo em Camacho.
Em outras decisões controversas na partida, Vinícius Furlan puniu o zagueiro Maicon com cartão amarelo por ter imitado uma galinha no gol do São Paulo e anulou um gol de Rodriguinho na segunda etapa ao apontar falta de Jô em Araruna no início da jogada. Ambos os times deixaram o Morumbi reclamando da arbitragem.
No Mané Garrincha, os erros do árbitro Luis Antonio Silva dos Santos foram ainda mais grotescos. Nos acréscimos da partida, o juiz assinalou pênalti em bola que bateu em cheio na barriga do lateral Renê. Nenê bateu e empatou o clássico em 2 a 2.
Antes, o juiz já havia protagonizado uma cena raríssima: Luis Fabiano fez falta dura em Márcio Araújo e levou cartão amarelo. O experiente atacante foi protestar de forma enérgica com o árbitro e o acertou com uma leve “barrigada”. Antes mesmo que suas cabeças se encostassem, Luis Antonio Silva dos Santos quase caiu para trás, como se tivesse sido vítima de uma agressão. Ele, então, expulsou Luis Fabiano, quando o placar apontava 1 a 0 para o Vasco.
Depois de assistir sua equipe virar o clássico diante do Vasco no Mané Garrincha, e estar se encaminhando para mais uma vitória na temporada, o técnico do Flamengo, Zé Ricardo, teve de engolir a marcação de um pênalti inexistente em favor dos adversários nos acréscimos do duelo pelo Campeonato Carioca. Com a penalidade convertida por Nenê, a partida em Brasília terminou com o placar de 2 a 2.
A Federação de Futebol do Rio de Janeiro agiu rápido e emitiu um comunicado informando o afastamento por tempo indeterminado do árbitro Luis Antonio Silva dos Santos e do assistente Daniel Parro. Os dois não apitarão mais no Campeonato Carioca de 2017.