‘Lei Wenger’: mudança na regra de impedimento é aprovada em testes; entenda
Proposta foi utilizada em divisões inferiores na Suécia, Itália e Holanda nos últimos meses e agora passará por órgão que cuida das regras do futebol
A proposta do ex-técnico francês Arsène Wenger para uma mudança na lei do impedimento foi aprovada em testes realizados na Europa e está pronta para ser apresentada à Ifab (International Football Association Board), responsável por cuidar das regras do futebol internacional. A informação é do jornal inglês The Times.
De acordo com a publicação, os testes apresentaram resultados positivos em jogos de divisões inferiores na Suécia, Itália e Holanda nos últimos meses.
Wenger ocupa desde dezembro de 2019 a função de chefe de desenvolvimento global da Fifa. O ex-comandante do Arsenal tem sugerido diversas propostas para alterar regras do futebol. Uma das mais radicais envolve a mudança no impedimento.
Ele defende que o atacante só esteja fora de jogo caso tenha o corpo inteiro à frente da linha do penúltimo defensor. “Eu gostaria que não houvesse impedimento caso uma única parte do corpo com a qual você possa marcar um gol esteja alinhada com o defensor. Isso pode ser uma vantagem para os atacantes”, comentou em entrevista ao L’Equipe, em outubro de 2020.
Em nota, Fifa e Wenger fizeram esclarecimentos em relação a uma recente fala de Wenger sobre a mudança durante um painel de discussão realizado no Laureus World Sports Awards.
“Durante o referido painel de discussão, entre outros tópicos, me referi a possíveis maneiras de melhorar a regra de impedimento e mencionei uma das possibilidades que vale a pena pensar. Meu objetivo, assim como o da Fifa, é pensar continuamente em maneiras para melhorar nosso jogo e não devemos ter medo de discuti-los em público, mas estou ciente de que quaisquer alterações nas regras estão sujeitas a um processo de aprovação padrão, que inclui discussões com as partes interessadas e possíveis fases de teste, dentro do escopo estabelecido pela Ifab”, afirmou em nota.
Ele treinou o Arsenal entre 1996 e 2008, com três títulos do Campeonato Inglês e sete conquistas da Copa da Inglaterra. Desde então, apesar de cotado em algumas equipes, não retornou mais à antiga função.
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