O Corinthians não vive uma grande fase dentro dos campos, mas fora das quatro linhas a situação é muito pior. O Timão passa por uma severa crise política interna desde que estourou o polêmico caso com a patrocinadora máster VaideBet. Em meio às acusações de um “laranja” na intermediação do acordo, novos capítulos foram surgindo ao longo da última semana e o presidente Augusto Melo viu a situação se complicar ainda mais. Entenda toda a cronologia da crise:

O patrocínio máster da VaideBet já era notícia desde o início do ano pelo valor astronômico de 370 milhões de reais, o maior do país. O anúncio do acordo aconteceu ainda na primeira semana da gestão Augusto Melo e, na ocasião, não havia a informação de que as negociações envolveram um intermediário.

O assunto ganhou nova repercussão no início de maio, quando o presidente desligou Rubão do cargo de diretor de futebol. O ex-dirigente enfatizou, em entrevista à TV Gazeta, que o racha na relação aconteceu pela omissão e depois aparição de um intermediário nas negociações. Na sequência, o Corinthians confirmou em nota a presença do intermediário.

A DENÚNCIA DO “LARANJA”

A última semana do Corinthians foi de muita polêmica e movimentações nos bastidores. Na segunda-feira, o jornalista Juca Kfouri denunciou em seu blog, no portal UOL, a presença de “laranja” na intermediação do acordo. A empresa Rede Social Media Design LTDA tem a receber 25 milhões pelo negócio. O Corinthians realizou o pagamento de duas parcelas de 700 reais, através do diretor administrativo Marcelo Mariano, mas sem o conhecimento do diretor financeiro da equipe, Rozallah Santoro, e este valor foi repassado para a empresa Neoway Soluções Integradas em Serviços LTDA. A suposta sócia da empresa, Edna Oliveira dos Santos, desconhece a informação e também desconhece Alex Cassundé, sócio e amigo do então superintendente de marketing Sergio Moura. Outra parte da polêmica está no endereço da Neoway. Ninguém da empresa nunca frequentou a Avenida Paulista, 171, 4º andar.

Em nota oficial, o clube se pronunciou: “Todas as negociações, incluindo patrocínios, se deram de forma legal com empresas regularmente constituídas. O clube destaca que não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros”.

A denúncia resultou no afastamento de Sergio Moura do marketing do Corinthians. A pressão aumentou em cima do presidente Augusto Melo, que manteve uma postura política próxima de Marcelo Mariano, responsável pelo pagamento, o que também resultou na saída do diretor jurídico do clube. Yun Ki Lee entregou o cargo após solicitar o afastamento de Marcelo Marino e não ser atendido. O diretor financeiro, Rozallah Santoro também quase entregou o cargo, mas permaneceu após o grupo político Movimento Corinthians Grande manter o apoio ao atual presidente.