Trégua da Fifa durou pouco: a batalha de 2014 já começou
Depois de pressionar pela entrega dos estádios da Copa das Confederações, a entidade vinha elogiando o país. Preocupação com os prazos do Itaquerão, porém, retoma queda-de-braço – desta vez, com ameaça de exclusão de sedes
![Trégua da Fifa durou pouco: a batalha de 2014 já começou](https://placar.com.br/wp-content/uploads/2021/10/tampao-veja-ok4-1577.png)
![Obras continuam no estádio de abertura da Copa nesta terça-feira (01), menos nas arquibancadas temporárias do Itaquerão, que estão interditadas](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/iamgens-do-dia-20140401-32-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Local do acidente que matou um operário que trabalhava na montagem das arquibancadas provisórias do Itaquerão](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/arena-corinthians-02-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![A três meses da Copa, nem a prefeitura nem o governo nem o Corinthians aceitavam pagar os 50 milhões de reais de estruturas provisórias no Itaquerão](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/arena-corinthians-itaquerao-101-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=620)
![Vista interna do Itaquerão, em São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/esporte-futebol-estadio-arena-copa-natal-amazonia-20131212-39-original2.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![A montagem das arquibancadas temporárias no Itaquerão, em São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/itaquerao-arquibancadas-temporarias-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![O primeiro treino do Corinthians no Itaquerão](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/treino-itaquerao-20140315-47-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Vista interna do Itaquerão, em São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/esporte-futebol-estadio-arena-copa-natal-amazonia-20131212-46-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Vista interna do Itaquerão, em São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/esporte-futebol-estadio-arena-copa-natal-amazonia-20131212-45-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Operários realizam operação para retirada do guindaste que caiu sobre a estrutura do Itaquerão, em São Paulo, nesta sexta-feira (03)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/brasil-futebol-itaquerao-corinthians-remocao-guindaste-acidente-20140103-001-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Operários realizam operação para retirada do guindaste que caiu sobre a estrutura do Itaquerão, em São Paulo, nesta sexta-feira (03)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/brasil-futebol-itaquerao-corinthians-remocao-guindaste-acidente-20140103-002-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Arena suspensa: o guindaste que desabou (à esq.) e paralisou as obras do Itaquerão: a entrega do estádio atrasará de um a três meses](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/itaquerao-corinthians-acidente-2013-83-jpg-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=620)
![Os funcionários voltaram ao trabalho nas obras do Itaquerão nesta segunda-feira](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/os-funcionarios-voltaram-ao-trabalho-no-itaquerao-nesta-segunda-feira-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=620)
![Queda de guindaste que posicionava estrutura metálica da cobertura, provoca destruição de parte da arquibancada do Itaquerão e deixa dois operários mortos - (27/11/2013)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/queda-guindaste-itaquerao-108-ivan-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Queda de guindaste que posicionava estrutura metálica da cobertura, provoca destruição de parte da arquibancada do Itaquerão e deixa dois operários mortos - (27/11/2013)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/queda-guindaste-itaquerao-111-ivan-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Queda de guindaste que posicionava estrutura metálica da cobertura, provoca destruição de parte da arquibancada do Itaquerão e deixa dois operários mortos - (27/11/2013)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/queda-guindaste-itaquerao-105-ivan-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Queda de guindaste que posicionava estrutura metálica da cobertura, provoca destruição de parte da arquibancada do Itaquerão e deixa dois operários mortos - (27/11/2013)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/queda-guindaste-itaquerao-102-ivan-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Peça da cobertura do Itaquerão desabou no começo da tarde dessa quarta-feira (27/11)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/queda-guindaste-itaquerao-19-ivan-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Queda de guindaste que posicionava estrutura metálica da cobertura, provoca destruição de parte da arquibancada do Itaquerão e deixa dois operários mortos - (27/11/2013)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/queda-guindaste-itaquerao-110-ivan-original2.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Obras do Itaquerão em estágio avançado. O futuro estádio do Corinthians no bairro de Itaquera, na zona leste de São Paulo será o palco do jogo de abertura da Copa do Mundo 2014](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/esporte-futebol-copa-do-mundo-arena-corinthians-itaquerao-20131106-02-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Instalação dos assentos no Itaquerão](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/assentos-itaquerao-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=620)
![Obras no estádio do Corinthians em Itaquera, em maio de 2013](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/esporte-futebol-copa-2014-itaquerao-corinthians-estadio-obras-20130503-10-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Obras no estádio do Corinthians em Itaquera, em maio de 2013](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/esporte-futebol-copa-2014-itaquerao-corinthians-estadio-obras-20130503-01-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Obras no estádio do Corinthians em Itaquera, em maio de 2013](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/esporte-futebol-copa-2014-itaquerao-corinthians-estadio-obras-20130503-09-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Obras no estádio do Corinthians em Itaquera, em maio de 2013](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/esporte-futebol-copa-2014-itaquerao-corinthians-estadio-obras-20130503-08-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
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![O canteiro de obras do Itaquerão, em São Paulo, em abril de 2013](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/itaquerao-abril-2013-2-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=789)
![O canteiro de obras do Itaquerão, em São Paulo, em abril de 2013](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/itaquerao-abril-2013-1-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=776)
![Operário Jonas Dabe Silva Dos Santos, trabalha de marteleteiro desde o começo das obras do Itaquerão](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/itaquerao-pauta-noite-20120928-22-1-original1.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![As obras do Itaquerão, em São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/itaquerao-odebrecht-abril-2012-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=635)
![Andres Sanchez, presidente do Corinthians, e ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva visitam as obras do estádio do clube, apelidado de Itaquerão](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/lula-andres-sanchez-itaquerao-construcao-01-20110903-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Terreno onde será construído o Estádio do Corinthians, mais conhecido como Itaquerão, São Paulo (SP)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/estadio-corinthians-itaquerao-sp-20110518-03-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Terreno onde será construído o Estádio do Corinthians, mais conhecido como Itaquerão, São Paulo (SP)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/estadio-corinthians-itaquerao-sp-20110518-02-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
![Terreno onde será construído o Estádio do Corinthians, mais conhecido como Itaquerão, São Paulo (SP)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/estadio-corinthians-itaquerao-sp-20110518-01-original.jpeg?quality=70&strip=info&w=928)
A Fifa tenta mostrar aos brasileiros que mudanças na tabela, com a possível exclusão de cidades-sede que não concluírem suas obras a tempo, não são apenas uma bravata, mas sim uma possibilidade real
No fim de semana, o site de VEJA mostrou como a Fifa foi forçada a tolerar os atrasos e improvisos dos brasileiros nos preparativos para a Copa das Confederações deste ano. A entidade já avisava há muito tempo, no entanto, que o “jeitinho” não seria mais aceito na contagem regressiva para a Copa do Mundo, no ano que vem. Mesmo com essas advertências, a Fifa vinha elogiando os brasileiros pelo esforço concentrado que possibilitou que os seis estádios do torneio do mês que vem fossem aprontados a tempo – ainda que no limite máximo de prazos que já tinham sido esticados mais de uma vez. A última visita do secretário-geral da Fifa antes do evento, no entanto, tem sido marcada não pela aprovação dos estádios inspecionados, mas sim pelas palavras duras em relação às arenas que precisam ficar prontas para o ano que vem. Ou melhor, para este ano mesmo: Jérôme Valcke reitera que o mês de dezembro é o prazo máximo – sem adiamentos nem exceções – para que todos os palcos do Mundial estejam entregues. No Brasil, porém, essas cobranças ainda não são bem aceitas. As declarações do francês sobre a arena do Corinthians em Itaquera, na terça-feira, abriram um novo capítulo na disputa entre a entidade e o país-sede.
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Em visita ao estádio de Brasília – que, apesar de ser palco de abertura da Copa das Confederações, ainda não foi entregue -, Valcke surpreendeu ao girar suas baterias na direção do Itaquerão. O estádio paulista na Copa teria o mesmo prazo que todos os outros, mas o Corinthians já avisou que precisará de mais dois meses para concluir todos os trabalhos. O francês não gostou. “Eles vão ter de acelerar. Isso não é uma ameaça, mas nós podemos mudar tudo até 1º de agosto, quando deve começar a venda dos ingressos. Portanto, ainda temos uma possibilidade de mudar o que for necessário. Os estádios têm de ser entregues a tempo”, reforçou o cartola. “Nós já dissemos que não é possível aceitar atrasos. É preciso muito tempo para preparar e testar tudo para a Copa. É um evento de uma dimensão diferente da Copa das Confederações.” O Corinthians se irritou com as declarações do dirigente e se defendeu numa nota oficial que termina com uma provocação explícita a Valcke. “Se entendem que devem mudar o local de abertura da Copa, fiquem à vontade”, diz o texto, zombando da cobrança do secretário-geral. O clube segue adotando o discurso de que está fazendo um grande favor à Fifa, já que planejava seu estádio para 48.000 pessoas e a ampliação temporária para 65.000 lugares tem como único propósito servir à Fifa.
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Faltou dizer, é claro, que o estádio dificilmente teria sido viabilizado do ponto de vista financeiro caso não houvesse a necessidade de achar um lugar para sediar o Mundial em São Paulo. “O clube não aceita nenhuma pressão”, diz a nota oficial. “O objetivo do Corinthians sempre foi, neste caso, servir a cidade, o estado e o país.” Ainda de acordo com a agremiação, o próprio Valcke já havia concordado, no ano passado, com a extensão do prazo aos corintianos, já que a obra tinha começado muito depois de todas as outras arenas. Em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal Lance!, Valcke dá outra versão, dizendo que “o problema de São Paulo é recente”, e diz que pretende se reunir com representantes do clube para resolver o problema. “Foi apenas há alguns dias que São Paulo anunciou que não ficaria pronta em dezembro de 2013, mas sim em março de 2014. Pedi ao Ricardo Trade, do Comitê Organizador Local, e ao Ron Delmond, que é o chefe do escritório da Fifa no Brasil, uma reunião para a gente entender qual o problema e para que eles também entendam que queremos manter o prazo até dezembro”, afirmou o francês. Ele nega que suas cobranças públicas devam ser entendidas como ameaças: “Por ora não há discussão para mudar a abertura”.
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Apesar dessa declaração do secretário-geral, já ficou claro que a Fifa tenta mostrar aos brasileiros que mudanças na tabela, com a possível exclusão de cidades-sede que não concluírem suas obras a tempo, não são apenas uma bravata, mas sim uma possibilidade real. Dos seis estádios que ainda precisam ficar prontos para o Mundial, nenhum está em situação completamente confortável. Enquanto as seis arenas da Copa das Confederações estiverem recebendo as partidas do torneio, todos os outros palcos para 2014 estarão igualmente movimentados – mas com engenheiros e operários encarregados de concluir os trabalhos em apenas mais um semestre. O caso de São Paulo é o mais complicado não apenas pela complexidade da obra, de grandes dimensões e dificultada pela necessidade de adaptação com as arquibancadas temporárias. As confusões na engenharia financeira que deu origem ao empreendimento também foram um obstáculo ao Corinthians – que agora, finalmente, se diz confiante na liberação dos recursos necessários para a conclusão. Valcke iniciou sua visita ao país por Natal, onde se disse convicto de que o estádio local ficará pronto a tempo. Os casos de Cuiabá e principalmente Manaus são monitorados com apreensão pelos representantes da Fifa – que já temem novas quedas-de-braço com os brasileiros até dezembro.
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