‘Ser vagabundo é gostoso demais’, afirma ‘Muricy Trabalho’
Nove dias depois de voltar a trabalhar – com três vitórias pelo São Paulo -, o técnico brinca com o fim das suas férias: ‘Eu só comia carne e bebia cerveja’
“Se a gente tivesse o fim de semana livre, dava para fazer um churrasquinho, mas já treinaremos nesta quinta”, disse o técnico depois da vitória sobre o Atlético-MG
Muricy Ramalho reestreou no São Paulo na semana passada com o placar eletrônico do Estádio do Morumbi exibindo a frase que se transformou numa espécie de slogan do treinador: “Aqui é trabalho”. O bordão do técnico nas campanhas do tricampeonato brasileiro, entre 2006 e 2008, virou até camiseta na loja de produtos oficiais do clube. Nove dias depois da volta ao batente (e com três vitórias em três partidas disputadas), Muricy se disse satisfeito com o resultado de seu retorno ao clube, mas lamentou – meio brincando, meio falando sério – o fim das férias de três meses que aproveitava desde que foi demitido pelo Santos. “Nunca tinha feito isso que estava fazendo. Eu só comia carne e bebia cerveja. Ser vagabundo é muito gostoso. Foi ótimo. Mas falei: ‘Tudo bem, seu Juvenal (Juvêncio, presidente do clube), vou dar uma força aí”, disse, rindo, depois da vitória sobre o Atlético-MG, na noite de quarta-feira.
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Desde que foi apresentado, na terça da semana passada, Muricy ainda não teve um dia de folga. No domingo, o São Paulo – que agora está fora da zona de rebaixamento – enfrenta o Goiás fora de casa. “Se a gente tivesse o fim de semana livre, dava para fazer um churrasquinho, mas já treinaremos nesta quinta. Foi tudo bem até agora, mas precisamos ganhar de novo em Goiânia, e será outro jogo duríssimo. Vamos comemorar quando sairmos do sufoco”, alertou. Apesar do desgaste com o retorno ao trabalho e a pressão por bons resultados, Muricy se diz satisfeito com o retorno recebido, principalmente da torcida. “Na minha estreia, quando os jogadores viram aquele povo todo gritando meu nome, viram que tinha alguma coisa de diferente.” O jogo contra o Atlético marcou a 200ª vitória do técnico pelo clube, mas Muricy diz que não se empolga com as estatísticas. “É legal, mas não sou muito ligado a esses números, não. Era a hora de dar minha contribuição de novo. Mas não sou salvador da pátria”, avisou.
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(Com Estadão Conteúdo e agência Gazeta Press)