No Corinthians, Tite só pensa em mudança, não demissão
Após nova derrota, técnico quer repensar time, mas ‘sem ser Professor Pardal’
Ainda apoiado pela diretoria, Tite não teme ser demitido – o técnico do Corinthians acha que ainda não precisa se preocupar com o risco de perder o emprego. Mas depois da derrota para a Ponte Preta, 2 a 0, na noite de quarta-feira, em Campinas, o treinador avisa que é preciso mudar para impedir que a série de fiascos se prolongue – o time vem de três derrotas consecutivas. Depois do jogo contra a Ponte, Tite estava decepcionado com o desempenho do time, mas se mostrava convicto de que será capaz de achar uma fórmula para que o Corinthians volte a jogar bem, afastando possibilidade de deixar o cargo por causa das pressões externas. “Se eu ficar pensando em possibilidades como essa, não vou conseguir buscar o que é melhor para o Corinthians”, disse, ao responder uma pergunta sobre uma possível demissão. “O meu trabalho é esse, é tentar buscar alternativas. É projetar uma outra maneira de atuar, mas sem ser um Professor Pardal.”
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A derrota do Corinthians na quarta foi vista de perto por toda a direção do clube. O presidente Mário Gobbi e os diretores de futebol Roberto de Andrade e Duílio Monteiro Alves foram a Campinas. Gobbi tem tentando dar demonstrações de apoio ao trabalho de Tite desde que o time entrou numa fase ruim. Com o resultado ruim contra a Ponte, o time chegou ao quinto jogo sem vitória no Brasileirão: são quatro derrotas e um empate. “Meu sentimento é igual ao do torcedor. Não pode ser de outra forma. Tenho esse respeito em relação a ele”, disse Tite, que tem contrato até dezembro e completou três anos como técnico do Corinthians, onde conquistou os títulos do Brasileirão, da Libertadores e do Mundial. Ainda assim, os dois próximos jogos serão decisivos para o futuro do treinador. No domingo, o time paulista recebe o líder Cruzeiro, no Pacaembu. Em seguida, faz o primeiro jogo das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Grêmio, também em casa.
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(Com Estadão Conteúdo)