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Jungle Fight, o caminho mais curto para chegar ao UFC

O campeões José Aldo, Renan Barão e Lyoto Machida já lutaram no torneio

Com as artes marciais em alta e o número de academias se multiplicando pelo país, na mesma proporção que o número de lutadores, até se tornar um campeão do UFC há um longo caminho. A parada quase obrigatória aos brasileiros é no Jungle Fight, o maior campeonato nacional, por onde já passaram dois dos campeões do UFC, o peso-galo Renan Barao e o pena José Aldo. Idealizado pelo ex-lutador Wallid Ismail e seu ex-manager, o japonês Antonio Inoki, a primeira edição do torneio aconteceu em 2003, em Manaus, com lutadores desconhecidos, como Lyoto Machida e Fabrício Werdum. O torneio teve uma fase ruim entre 2006 e 2009, mas foi catapultado na carona do sucesso do UFC no Brasil e no mundo e em 2012 já teve sete noitadas de lutas.

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As regras são as mesmas usadas no UFC, com lutas em três rounds de cinco minutos cada, mas a estrutura do Jungle Fight é bem menor. Pelo menos 14.000 torcedores assistiram a última luta do campeão Anderson Silva, em Las Vegas, em julho. A edição 42 do Jungle, no sábado passado, no ginásio do Estádio do Pacaembu, tinha cerca de 2.500 pessoas nas arquibancadas, a maioria familiares e alunos dos lutadores. Enquanto as grandes estrelas do UFC vão para festas e mais festas depois das lutas, recehadas de artistas, modelos, cantores, vários lutadores do Jungle aparecem na plateia para cumprimentar os amigos logo depois de descer do ringue e tomar banho. Nas arquibancadas mais próximas da arena do torneio brasieliro, é comum a presença de atletas hoje lutam no UFC, como Erick Silva, Felipe Sertanejo e Yuri Marajó, e celebridades do naipe de Boninho, diretor da Rede Globo. Leia também: Anderson: ‘Esperava que Sonnen fosse mais inteligente’ A entrada dos lutadores do UFC é apoteótica, eles desfilam por mais de um minuto até entrar no octógono, sob jogos de luzes e música muito alta, hipnotizante, levando a torcida quase ao delírio. O Jungle Fight também tem seu ritual, bem mais simplório: os atletas caminham cerca de dez metros, depois de passar entre duas grandes placas de leds. O show de luzes deixa a desejar, e o som em volume baixo permite que se converse sem gritar. Quando o árbitro autoriza o combate, os gritos da torcida são iguais nos dois eventos, pedindo golpes, dando dicas de como bater o adversário, gritando o nome do lutador predileto. A interação torcida-lutador é a mesma, não importa o tamanho da arquibancada. Se no UFC Anderson Silva e Júnior Cigano oferecem à audiência uma coleção de golpes certeiros e adversários caídos no tatame, no Jungle os gritos sobem de volume quando, por exemplo, o peso-leve Ivan Batman finaliza Giovane Brutus no primeiro round com um espetacular mata-leão, ou a vibração aumenta com a sequência inacreditável de golpes do peso-galo Jonas Bilharinho na linha de cintura de André Urso, deixando-o no chão quase sem conseguir respirar. Leia também: Leia também: Saiba todas as novidades do UFC O Jungle Fight é um dos principais fornecedores de lutadores para torneios fora do Brasil, inclusive o UFC. Ismail é amigo e admirador do americano Dana White e diz que não existe qualquer acordo para a transferência de atletas. “Ele sabe que os melhores do Brasil estão aqui.” Com muita frequência, os campeões vão para os torneios internacionais – recentemente, o peso-leve Adriano Martins acertou sua transferência para o Strikeforce, torneio controlado pela Zuffa, empresa dos irmãos Frank e Lorenzo Fertitta e Dana White.

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