‘Estádio não é coisa de governo’, diz Sérgio Cabral

Ao defender a concessão do recém-reformado Estádio do Maracanã à iniciativa privada, nesta sexta-feira, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), disse que em países civilizados estádio não é coisa de governo. “O governo do estado que tem que cuidar de 1.000 escolas, 50 hospitais públicos, 45.000 PMs, 12.000 policiais civis, 70.000 professores. Vai cuidar também do Maracanã? Isso é uma visão distorcida”, disse o governador.

Leia também:

Maracanã: dois consórcios participam da licitação

Manifestantes cercam sede do governo para protestar contra licitação do Maracanã

“A gente adora falar do futebol europeu e NBA, então vamos segui-los. Vamos seguir a lógica dos países civilizados onde estádio não é coisa de governo”, disse Cabral. Segundo o governador, a privatização do estádio não acarretará em prejuízo aos cofres públicos. “Estamos exigindo do concessionário quase 600 milhões de reais em investimentos, além da administração de um estádio como aquele, que não é trivial.”

Leia também:

Maracanã e Itaquerão estão com obras em fase final

Governo descarta fechar Maracanã para obras adicionais

Indagado se houve excesso por parte do Ministério Público ao entrar com uma ação na justiça para suspender o processo de concessão do Maracanã, Sérgio Cabral disse que o Ministério Público tem todo o direito de agir como pensar e enxergar as situações. “O promotor entrou no mérito, e não na legalidade. Mas é um direito dele. O Ministério Público tem o papel da legalidade. Mas é um direito deles, não sou eu que vou julgar no que o Ministério Público deve entrar ou não. Cabe à justiça julgar se eles têm razão ou não”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)