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Defensoria quer tombar Célio de Barros e Júlio Delamare

Projeto prevê demolição das duas arenas para obras de entorno do Maracanã

A Defensoria Pública da União no Rio (DPU-RJ) informou que vai ingressar até a semana que vem com uma ação civil pública pedindo o tombamento federal do estádio de atletismo Célio de Barros e do parque aquático Júlio Delamare. As duas arenas estão prestes a serem demolidos no processo de concessão do Maracanã à iniciativa privada.

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Em audiência pública realizada nesta quinta-feira, o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, parceiro histórico do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, reclamou da omissão da entidade.

“O COB nos ignorou. Tinha a obrigação de nos dar apoio, mas não deu – pelo contrário”, disse Nunes. O presidente da Federação de Atletismo do Rio, Carlos Lancetta, endossou as críticas de Nunes. Procurado, o COB informou que não vai se pronunciar.

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Desocupação – Durante a audiência, Nunes afirmou ter recebido a informação de que, a partir desta quinta, os atletas já não mais podem treinar no Delamare. O governo do Rio havia marcado a desocupação para 1º de abril, depois deu novo prazo: 10 de maio. A secretaria estadual de Esporte e Lazer ainda não confirmou a informação transmitida pelo presidente da CBDA.

Participaram da audiência atletas das seleções brasileiras de saltos ornamentais e nado sincronizado, Miriam, mulher do jornalista que deu nome ao parque aquático, Júlio Delamare, além de jovens atletas que treinavam atletismo no Célio de Barros e tiveram de sair, a maioria para treinar no Engenhão.

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No último dia 26 de abril, a demolição das duas arenas foi autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que considera somente o Maracanã como patrimônio tombado. No documento enviado ao governo do Rio, o Iphan autoriza as demolições de Célio de Barros, Júlio Delamare e também da escola municipal Friedenreich porque “sob o ponto de vista do tombamento, estas não agregam valor ao bem tombado”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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